Mourão defende generais e rebate Malafaia: “Falastrão”

Montagem de duas fotos do senador e general da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o pastor Silas Malafaia, ambos sérios, sem olhar para a câmera
O senador e general da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o pastor Silas Malafaia – Reprodução

O senador e general da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) reagiu nesta segunda-feira (7) às declarações feitas pelo pastor Silas Malafaia durante manifestação ocorrida no domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo. O religioso fez duras críticas ao Alto Comando do Exército, chamando os generais da ativa de “frouxos”, “covardes” e “omissos”.

Sem mencionar diretamente o nome do presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o militar publicou uma resposta nas redes sociais e classificou o pastor como “falastrão”.

“Ao se aproveitar de um ato em defesa da necessária ANISTIA aos envolvidos no 08/Jan para ofender os integrantes do Alto Comando do Exército, o falastrão que assim o fez demonstrou toda sua total falta de escrúpulos e seu desconhecimento do que seja Honra, Dever e Pátria; a tríade que guia os integrantes do Exército de Caxias”, escreveu Mourão, no X/Twitter.

Horas depois, Silas Malafaia usou a mesma rede social para rebater o general: “Você nunca foi leal e fiel a quem te promoveu na vida política que o foi o presidente Bolsonaro. Sempre omisso, em cima do muro e fazendo jogo duplo. Não vi você em nenhuma manifestação para defender Bolsonaro e agora na questão da anistia. Você é tão e covarde como seus coleguinhas do alto comando”.

“O ministro da defesa de Lula, José Múcio que é civil, mais corajoso que vocês todos. Ele disse: NÃO EXISTIU GOLPE! Vou repedir mais uma vez. Cambada de frouxos, covardes e omissos. Não honram a farda que vestem. MOURÃO! Você perdeu uma oportunidade de ficar calado. Está apanhando muito nas redes sociais. COVARDE FALASTRÃO”, completou o pastor.

Silas Malafaia critica militares e defende anistia aos atos de 8 de janeiro

Durante o protesto, Silas Malafaia questionou a postura das Forças Armadas diante da prisão do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Ele foi preso em dezembro do ano passado por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial.

“Cadê esses generais de quatro estrelas, do Alto Comando do Exército? Cambada de frouxos, cambada de covardes, cambada de omissos. Vocês não honram a farda que vestem. Não é para dar golpe, não, é para marcar posição”, disse o religioso, em cima do trio elétrico.

A Polícia Federal investiga Braga Netto por possível tentativa de obstrução de justiça, ao tentar acessar o conteúdo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Pastor nega tentativa de golpe em 8 de janeiro e critica Hugo Motta

Malafaia voltou a afirmar que os atos de 8 de janeiro de 2023 não configuram uma tentativa de golpe, mas sim uma manifestação política. Para sustentar sua tese, citou falas do ministro da Defesa, José Múcio, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que em ocasiões distintas minimizaram a gravidade dos acontecimentos.

Além disso, o pastor atacou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acusando-o de barrar a tramitação em regime de urgência do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “Você, Hugo Motta, está envergonhando o honrado povo da Paraíba”, disparou Malafaia.

Histórico de ataques às Forças Armadas

Não é a primeira vez que Silas Malafaia confronta os militares. Em abril de 2023, ele pediu a renúncia dos comandantes das Forças Armadas — Marcos Olsen (Marinha), Tomás Paiva (Exército) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica). À época, o líder da ADVEC defendeu que nenhum oficial de quatro estrelas assumisse o cargo até que o Senado abrisse investigações contra ministros do STF.

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