Ibovespa Futuro sobe com perspectiva de negociação de parte das tarifas dos EUA

O Ibovespa Futuro operava com alta nas primeiras negociações desta terça-feira (8), com alívio dos mercados globais, após três sessões marcadas por enorme aversão ao risco, uma vez que parte das tarifas anunciadas pelos EUA na semana passada podem ser negociadas com alguns parceiros importantes, como União Europeia e Japão. Às 09h08 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril subia 0,67%, a 126.705 pontos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs na quarta-feira passada uma tarifa mínima de 10% sobre as importações norte-americanas e taxas mais altas sobre determinados países, indicou na véspera que o Japão está enviando uma “equipe de ponta” para discutir as relações comerciais entre ambos.

Na Europa, ministros da UE concordaram na segunda em priorizar as negociações com os EUA, à medida que a Comissão Europeia apresentava seus planos de tarifas retaliatórias caso as discussões com a maior economia do mundo falhem em alcançar um acordo.

Apesar das notícias mais otimistas, certa cautela ainda permanecia, já que Trump também escalou as tensões comerciais com a China, ameaçando a imposição de ainda mais tarifas sobre o gigante asiático caso não haja a retirada de contramedidas adotadas por Pequim contra os EUA.

Na cena doméstica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará no período da manhã da Cerimônia de abertura da 29ª Feira Internacional da Construção Civil e Arquitetura (Feicon) e da 100ª Edição do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), em São Paulo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhará Lula em sua agenda na capital paulista e depois participará do encerramento do Brazil Investment Forum, realizado pelo Bradesco BBI, às 17h. Já o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, comparecerá à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito das Bets do Senado, em Brasília, a partir das 11h.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro operava com alta de 2,78%, S&P500 tinha valorização 2,48% e Nasdaq Futuro subia 2,33%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava em baixa de 0,65%, aos R$ 5,875 na compra e R$ 5,876 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,71%, aos 5.898 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta nesta terça, recuperando-se das perdas da sessão anterior devido à política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, e às ameaças de taxas ainda maiores contra a China. Na segunda-feira, Trump ameaçou impor tarifas adicionais de 50% à China se Pequim não suspendesse suas taxas sobre as importações dos EUA.

Já as ações japonesas saltaram quando Trump designou dois membros de seu gabinete para dar início às negociações comerciais bilaterais após uma ligação com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba. O Japão parecia pronto para ter prioridade sobre outros parceiros comerciais dos EUA nas negociações sobre tarifas, colocando Tóquio à frente de uma longa fila de nações que buscam reverter as taxas.

Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas das últimas sessões, motivada por preocupações de que as tarifas dos EUA poderiam reduzir a demanda e levar a uma recessão global.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva, com tensões tarifárias entre China e EUA pesando sobre os negócios.

(Com Reuters)

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