Brasil está bem posicionado com tarifaço, mas pode ser “arrastado”, apontam gestores

A reação dos mercados globais ao chamado “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, virou pauta de discussão entre gestores na manhã desta terça-feira (8). Em um fórum de investimentos realizados pelo Bradesco BBI, os profissionais falaram sobre a possibilidade de uma recessão global e qual seria a reação da Bolsa brasileira.

“É muito cedo para entender o que está acontecendo, tanto nos EUA quanto no mundo. Você tem movimentos de placas tectônicas”, afirmou André Lion, gestor de ações da Ibiuna Investimentos.  

“Por enquanto, o Brasil está relativamente melhor posicionado. Nós somos uma economia mais fechada, globalmente, caímos no ‘bracket’ mais baixo de tarifas, então, relativamente, a gente está melhor”, complementou.

O gestor destacou que a atividade econômica do país está aquecida, mesmo com os juros elevados da economia.

“O que a gente tem que tomar cuidado é que, se realmente houver um impacto muito grande na atividade norte-americana, batendo na atividade global, a gente vai ser arrastado junto.”

Leonardo Linhares, estrategista de renda variável da SPX, ‘chuta’ que as chances de uma recessão nos Estados Unidos é menor que 50%.

“O canal que mais me preocupa é a China. Mesmo havendo medidas internas, tem um canal aqui importante, seja pelo preço de commodities, seja pela forma como a gente está estruturado”, explicou.

“38% do Ibovespa são empresas com que a variável principal ou é uma commodity ou é o dólar”, lembrou. “Nós não vamos ser uma ilha”.

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