
A reação dos mercados globais ao chamado “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, virou pauta de discussão entre gestores na manhã desta terça-feira (8). Em um fórum de investimentos realizados pelo Bradesco BBI, os profissionais falaram sobre a possibilidade de uma recessão global e qual seria a reação da Bolsa brasileira.
“É muito cedo para entender o que está acontecendo, tanto nos EUA quanto no mundo. Você tem movimentos de placas tectônicas”, afirmou André Lion, gestor de ações da Ibiuna Investimentos.
“Por enquanto, o Brasil está relativamente melhor posicionado. Nós somos uma economia mais fechada, globalmente, caímos no ‘bracket’ mais baixo de tarifas, então, relativamente, a gente está melhor”, complementou.

Ibovespa Ao Vivo: Bolsa sobe com exterior e tenta retomar os 127 mil pontos
Bolsas dos EUA sobem 3% e tenta recuperar perdas dos dias anteriores

Tarcísio pressiona Hugo Motta a pautar projeto que anistia golpistas do 8/1
No último domingo, o governador de SP participou, ao lado de outros governadores de direita, do ato na Avenida Paulista em que houve um pedido de anistia
O gestor destacou que a atividade econômica do país está aquecida, mesmo com os juros elevados da economia.
“O que a gente tem que tomar cuidado é que, se realmente houver um impacto muito grande na atividade norte-americana, batendo na atividade global, a gente vai ser arrastado junto.”
Leonardo Linhares, estrategista de renda variável da SPX, ‘chuta’ que as chances de uma recessão nos Estados Unidos é menor que 50%.

Tarifaço é “a lei de Murici: cada um por si”, diz Luís Otávio Leal, da G5 Partners
Em entrevista ao InfoMoney, economista-chefe da G5 Partners analisa os impactos do tarifaço comandado por Donald Trump e fala do risco de estagflação nos EUA e de possível guerra econômica global

China já vinha se blindando e ainda há dor pelo caminho, diz Livio Ribeiro, da FGV
Para o pesquisador associado do FGV-Ibre e sócio da BRCG Consultoria, país asiático se preparou contra onda externa dos EUA e agora tem poder de esticar a corda em momento inédito para a economia internacional
“O canal que mais me preocupa é a China. Mesmo havendo medidas internas, tem um canal aqui importante, seja pelo preço de commodities, seja pela forma como a gente está estruturado”, explicou.
“38% do Ibovespa são empresas com que a variável principal ou é uma commodity ou é o dólar”, lembrou. “Nós não vamos ser uma ilha”.
The post Brasil está bem posicionado com tarifaço, mas pode ser “arrastado”, apontam gestores appeared first on InfoMoney.