
A Sabesp vai apresentar em 29 de abril, durante sua assembleia geral, uma proposta para reformular a política de remuneração dos executivos e conselheiros da companhia. O novo plano prevê elevar o limite anual de pagamentos para até R$ 65 milhões, o que representa um salto de 600% em relação aos R$ 9,1 milhões desembolsados em 2024, ano em que a empresa foi privatizada.
Segundo o documento da administração, a nova política busca alinhar os salários e incentivos da companhia ao modelo de empresas privadas de mesmo porte, com foco na valorização dos resultados e desempenho de longo prazo.
A proposta destina R$ 50,9 milhões aos seis diretores, R$ 13,9 milhões aos nove membros do conselho de administração e R$ 750 mil aos cinco conselheiros fiscais. A maior parte da remuneração da diretoria será variável: 37% em incentivos de curto prazo e 36% de longo prazo, restando apenas 26% como fixo.
Os critérios de desempenho envolvem metas como geração de caixa (Ebitda), índice de tratamento de esgoto, clima organizacional e segurança no trabalho. A Sabesp afirma que dois terços da remuneração variável só serão pagos caso a empresa universalize o acesso à água, coleta e tratamento de esgoto até 2029.

A proposta da alta administração, no entanto, gerou protestos internos. José Faggian, presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de SP), classificou a medida como incoerente, destacando que a empresa tem implementado cortes nos benefícios dos funcionários.
Em nota, a Sabesp afirma que a nova política foi desenvolvida por uma das principais consultorias do país e está dentro da média do mercado privado. A empresa também destaca que o novo plano de saúde corporativo será 100% custeado pela companhia, ao contrário do atual, que exige participação de até 4% do salário.
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