
Em relatório, a equipe de estratégia do Morgan Stanley elevou a sua exposição em Brasil dentro do portfólio de América Latina, que passou de underweight (exposição abaixo da média em relação ao benchmark) para equalweight (exposição em linha com a média).
Os estrategistas adicionaram em sua carteira ações de serviços financeiros e utilities (energia e saneamento), caso de BTG Pactual (BPAC11), Itaú (ITUB4), XP Investimentos (BDR: XPBR31) e Eletrobras (ELET3).
“O Brasil poderia se beneficiar de uma mudança na política interna e os incentivos agora parecem estar aumentando”, aponta a equipe de estratégia, ressaltando também que taxas de juros globais e locais mais baixas são positivas para ações com foco doméstico.
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A visão ainda é de que o dólar americano mais fraco fornece um maior impulso para o case de investimentos. No entanto, o menor crescimento global, em função de tarifas americanas mais altas do que o esperado (ainda que Donald Trump, presidente dos EUA, tenha anunciado uma pausa de muitas de suas tarifas) e seus efeitos sobre os preços do petróleo e de outras commodities, continuam sendo um risco importante.
Por outro lado, os estrategistas realizaram lucros na Colômbia (com rebaixamento para underweight, ou exposição abaixo do benchmark) após o forte desempenho do mercado no acumulado do ano. O banco também aponta estar preocupado com a trajetória fiscal da Colômbia, e as tendências atuais podem sofrer em meio a um cenário de petróleo mais baixo globalmente.
No México, a exposição seguiu equalweight; já na Argentina, reduziu sua exposição ao petróleo na margem, reduzindo a posição em Vista Energy.

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Entre as alterações no portfólio de América Latina, os estrategistas adicionaram BTG e SLC (SLCE3) e excluíram Adecoagro e o Bancolombia (CIB).
Para justificar as alterações, o Morgan incluiu o BPAC11 à medida que se posiciona para taxas globais e locais mais baixas, avaliando que o modelo de negócios diversificado e resiliente do BTG deve mitigar os efeitos adversos das taxas de juros.
Já para a SLCE3, o banco adicionou a ação por ser a principal escolha do setor dentro da equipe de análise. “A empresa é uma importante produtora exportadora de commodities de baixo custo, com receitas 100% em dólares. Além disso, a colheita de soja no Brasil parece acima da tendência, o que pode elevar as estimativas para a SLC na safra 2024/25. Além disso, as tarifas do governo Trump podem levar a um prêmio de preço acima da média para produtos agrícolas brasileiros, como soja e milho, ao longo do tempo, o que pode resultar em preços de venda mais altos em posições sem hedge”, avalia.
Confira o portfólio de ações para América Latina:

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