Mauricio condena IA na Turma da Mônica e cogita ação judicial

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Mauricio de Sousa com os personagens da Turma da Mônica
Mauricio de Sousa com os personagens da Turma da Mônica – Divulgação

A Mauricio de Sousa Produções (MSP) se posicionou contra o uso de inteligência artificial (IA) na criação de conteúdos baseados na Turma da Mônica. A manifestação ocorreu após imagens geradas por IA com os personagens clássicos viralizarem nas redes sociais, muitas vezes distorcendo o estilo e os valores das histórias originais.

Em nota ao Estadão, a MSP reconheceu o potencial da inteligência artificial como ferramenta inovadora, mas destacou que ela não deve substituir o trabalho criativo humano. “O traço da Turma da Mônica é único, fruto de décadas de trabalho artístico, e nenhum algoritmo pode replicá-lo por completo”, afirmou a empresa.

A produtora reforçou que os personagens da Turma da Mônica são protegidos por direitos autorais, e qualquer uso não autorizado está sujeito a medidas legais.

A polêmica aumentou após a circulação de tirinhas criadas por IA que imitavam estilos de estúdios famosos, como o Studio Ghibli. Algumas dessas versões incluíam temas considerados sensíveis, como ataques terroristas e overdoses, o que gerou indignação entre fãs e a própria equipe da MSP.

A Mauricio de Sousa Produções afirmou que continuará defendendo a integridade de sua obra diante do avanço da inteligência artificial na arte digital.

“Não autorizamos a criação de conteúdos que violem esses direitos, nem admitimos associações com discursos de ódio, desinformação ou práticas que contrariem os valores da empresa. Há mais de 60 anos, defendemos a ética e o compromisso com a cultura e agiremos sempre que esses princípios forem desrespeitados”, declarou a empresa.

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