Aversão ao risco faz ouro chegar a US$ 3.200 pela 1ª vez; há como o metal subir mais?

Ouro (Foto: Zlaťáky.cz/ Unsplash)

O ouro renovou sua máxima histórica, superando US$ 3.200 por onça, impulsionado pela forte demanda de investidores por proteção em meio às incertezas sobre o cenário econômico global. A valorização reflete o aumento da aversão ao risco, especialmente diante do avanço das tarifas sobre importações chinesas e das preocupações com os impactos dessas medidas no comércio internacional.

Mesmo após a divulgação de dados que mostraram alívio na inflação dos Estados Unidos em março, o movimento de alta do metal precioso ganhou força, com o mercado ajustando as apostas para possíveis cortes de juros ainda neste ano. Esse ambiente de instabilidade econômica e política, reforçado pelas ações tarifárias recentes, tem sustentado o fluxo comprador e impulsionado os preços do metal.

O ouro voltou a se destacar no cenário global. Após a correção da semana passada, quando recuou 1,54%, o metal precioso retomou a trajetória de alta com força nos últimos dias, renovando seu topo histórico e superando a marca dos US$ 3.200 pela primeira vez. Com valorização acumulada de mais de 22% em 2025, o ativo segue atraindo fluxo comprador consistente.

Para entender até onde o preço do ouro pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do Ouro

No gráfico semanal, o ouro confirmou sua tendência de alta ao romper o antigo topo em US$ 3.167,84, ganhando tração acima dos US$ 3.200. O candle atual reforça esse movimento, sustentado por forte volume, o que sugere espaço para continuidade do avanço — desde que o fechamento da semana mantenha esse padrão.

Apesar de o IFR (14) estar em 77,38, apontando para zona de sobrecompra, ainda não há sinais claros de exaustão. O indicador sugere possibilidade de correção, mas o ímpeto comprador predomina. Para manter a tendência de alta, é fundamental que o preço siga acima dos US$ 3.200. Nesse cenário, os alvos projetados ficam em US$ 3.249 e US$ 3.295, com extensões mais ambiciosas nas faixas de US$ 3.400/US$ 3.445 e US$ 3.490/US$ 3.548.

Por outro lado, caso o ativo perca a região dos US$ 3.167/US$ 3.100, pode iniciar movimento de correção. Nesse caso, os suportes mais próximos estão em US$ 3.015 e na faixa entre US$ 2.953 e US$ 2.832. Uma perda mais acentuada dessas regiões pode intensificar a pressão vendedora, abrindo espaço para quedas até US$ 2.791 ou mesmo US$ 2.563.

Fonte: RocketTrader. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Confira nossas análises:

Análise de curto prazo

No gráfico diário, o ouro vem respeitando uma linha de tendência de alta desde o início de 2025, mantendo um canal altista bem definido. Nos últimos dias, após testar a LTA, voltou a subir com força, rompendo novamente o topo histórico e se consolidando acima dos US$ 3.200.

O movimento segue amparado por forte volume comprador. Caso mantenha essa pressão, os próximos objetivos estão em US$ 3.229 e US$ 3.244, com alvos mais distantes em US$ 3.281, US$ 3.354 e US$ 3.387.

No entanto, o movimento já se mostra esticado no curto prazo. O IFR (14), atualmente em 70,06, aliado ao afastamento das médias móveis, pode sinalizar uma possível correção técnica. Para que isso se confirme, o ouro precisaria romper a faixa de suporte entre US$ 3.167 e US$ 3.134. Caso ocorra, os alvos de baixa ficam em US$ 3.066 e US$ 3.015, com suportes adicionais em US$ 2.953 e US$ 2.855.

Fonte: RocketTrader. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências do Ouro

Suportes:

  1. US$ 3.200 – suporte imediato e referência chave para manutenção da tendência de alta
  2. US$ 3.167 / US$ 3.134 – zona de suporte de curto prazo, perda pode iniciar correção
  3. US$ 3.100 – suporte relevante no gráfico semanal
  4. US$ 3.066 / US$ 3.015 – faixas intermediárias para possíveis alvos de baixa
  5. US$ 2.953 / US$ 2.855 – suporte mais forte no curto/médio prazo
  6. US$ 2.832 / US$ 2.791 – regiões críticas caso o movimento de baixa se intensifique
  7. US$ 2.563 – suporte mais distante, de longo prazo

Resistências:

  1. US$ 3.229 – resistência imediata no curto prazo
  2. US$ 3.244 – próxima barreira relevante
  3. US$ 3.281 – alvo intermediário no curto prazo
  4. US$ 3.295 – extensão da resistência de médio prazo
  5. US$ 3.354 – resistência projetada mais longa
  6. US$ 3.387 – faixa de topo potencial mais adiante
  7. US$ 3.400 / US$ 3.445 – região de resistência mais ampla de médio prazo
  8. US$ 3.490 / US$ 3.548 – alvos longos, caso o fluxo comprador continue forte

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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