Mais de 100 deputados da base assinam urgência da anistia e geram revolta no governo Lula

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Presidente Lula (PT): mais de 100 assinaturas de deputados da base governista geraram indignação no Palácio do Planalto. Foto: Reprodução

As assinaturas de mais de 100 deputados de partidos de base do governo Lula (PT) no requerimento de urgência para o projeto de anistia aos condenados pelos atos terroristas de 8 de janeiro provocaram forte revolta no Palácio do Planalto, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou na noite da última quinta-feira (10) que o requerimento alcançou 258 assinaturas — uma a mais que o necessário para protocolar a proposta.

No núcleo do governo petista, a avaliação é que é inaceitável que parlamentares da base assinem uma proposta que, na prática, anistia golpistas que tentaram derrubar a democracia e planejaram atingir o presidente da República.

Segundo Sóstenes, entre os 251 deputados que inicialmente endossaram o requerimento estão nomes de partidos que integram a base aliada, como União Brasil (37), PP (34), Republicanos (25), PSD (23) e MDB (21).

No Planalto, há convicção de que a proposta de anistia não busca beneficiar apenas réus como a cabeleireira Débora Rodrigues, símbolo explorado pelos bolsonaristas, mas sim livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares ligados ao seu governo que se tornaram réus por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entidades citam terrorismo e condenam ato golpista no DF - 08/01/2023 - Poder - Folha
Bolsonaristas invadem o Palácio do Planalto durante os atos terroristas em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Foto: Ueslei Marcelino

Diante da adesão significativa ao projeto, integrantes do governo discutem uma reação política para demonstrar o descontentamento com as legendas que compõem sua base e apoiaram o requerimento. Por ora, no entanto, a resposta oficial ainda está sendo avaliada.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente os parlamentares aliados ao governo Lula que assinaram o requerimento de urgência.

“Acho, sinceramente, nessa Casa, que as pessoas têm que se definir: quem é governo e quem não é governo. Tudo bem quem é da oposição assinar um projeto como esse, mas quem é governo assinar um projeto como esse, que coloca o país numa crise institucional, não é razoável”, afirmou Lindbergh.

 “Esse é um bom momento para perguntar quem quer ficar aqui do nosso lado, porque, se a pessoa assina um projeto desse, com certeza não quer ficar aqui desse lado”.

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