
Um dos principais ativos do PVBI11 (VBI Prime Properties), o Union Faria Lima tem enfrentado dificuldades para avançar na ocupação total das suas lajes, mesmo localizado na Faria Lima, uma das regiões mais valorizada de São Paulo. A estratégia da gestão, liderada pelo Patria Investimentos, tem sido implementar o modelo de turn key – ou “chave não mão” –, ou seja, entregar os espaços prontos para uso, como forma de viabilizar negociações com empresas de alto padrão que enfrentam entraves relacionados ao custo de mudança.
“O Union é um edifício boutique no marco zero da Faria Lima. A localização e a qualidade do ativo são inquestionáveis. Estamos a uma quadra de todos os principais marcos da região, com um público altamente qualificado buscando estar ali”, comentou Rodrigo Abbud, sócio e Head de Real Estate Brasil do Patria, no programa Liga de FIIs, do InfoMoney.
Segundo Abbud, o principal desafio tem sido o alto custo para as empresas realizarem as obras de adaptação dos espaços, que podem passar de R$ 5 milhões. “O aluguel está dentro do padrão da Faria Lima, entre R$ 300 e R$ 310 por metro quadrado, mas o custo de instalação acaba se tornando uma barreira para a ocupação”, explica.
Para contornar esse obstáculo, a gestão do fundo iniciou um projeto gradativo de turn key, financiando e executando as obras de adaptação para os potenciais inquilinos. “Essa é uma prática comum em outras regiões, como a Chucri Zaidan, mas que não fazíamos na Faria Lima. Agora, passamos a oferecer essa alternativa para destravar as negociações, mesmo sendo empresas do setor financeiro ou de prestadores de serviços de alto valor agregado — coisas que você não imaginaria em outras épocas”, diz Abbud.
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Gestão ativa no PVBI11 busca manter portfólio competitivo
Além da iniciativa, a gestão do PVBI11 tem buscado manter a saúde financeira do fundo com a venda de ativos pontuais, liberando caixa. “Estamos lidando com uma limitação de caixa e, por isso, optamos por rotacionar o portfólio. Vender um andar aqui e reinvestir no Union tem sido uma forma de manter o fundo competitivo”, comenta.
Apesar do cenário desafiador, Abbud é otimista quanto à atratividade do Union: “Não é uma questão de falta de demanda. A procura existe, o que falta é fechar o gap financeiro. Ao assumir parte do custo de entrada, conseguimos acelerar a tomada de decisão das empresas”.
“Estamos tratando isso quase como um negócio à parte, com estrutura própria para financiar, executar e entregar os espaços prontos. É uma abordagem pragmática para um momento que exige soluções novas”, conclui.
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