Antigo desafeto, Arthur Lira nega relação com processo de cassação de Glauber Braga

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Foto: Divulgação

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou nesta quinta-feira (10) qualquer envolvimento no processo que pede a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) no Conselho de Ética da Casa. Em nota oficial, ele classificou como “ilegítima” a acusação feita por Braga e afirmou que poderá adotar medidas judiciais caso novas insinuações sejam feitas sem provas.

A manifestação de Lira ocorre após Glauber, em sua defesa no Conselho, ter acusado o ex-presidente da Câmara de articulações políticas para cassá-lo. Segundo o parlamentar do Psol, o relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), teria sido influenciado por acordos relacionados à liberação de emendas parlamentares, configurando o que chamou de “interferência orquestrada”.

Arthur Lira sempre perseguiu Glauber Braga pela sua combatividade contra seu mandato. A tensão aumentou em 2024, com o avanço de ações do Psol na Justiça questionando o modelo de distribuição de emendas parlamentares.

Arthur Lira e Glauber Braga já discutiram acaloradamente no plenário da Câmara. Foto: Reprodução

No comunicado, o alagoano reiterou que o processo de cassação de Braga “envolve episódio em que o parlamentar agrediu fisicamente e expulsou, aos chutes, um militante político que visitava o Parlamento”. O deputado afirmou que a ação foi movida pelo partido Novo e não tem relação com ele ou com parlamentares de sua legenda.

O ex-presidente da Câmara também defendeu o relator Paulo Magalhães, classificando-o como um “parlamentar respeitado, experiente e com autonomia para analisar o caso”. Lira enfatizou ainda que a decisão final sobre o processo caberá ao plenário da Câmara dos Deputados.

“Refuto veementemente mais essa acusação ilegítima por parte do Deputado Glauber Braga e ressalto que qualquer insinuação da prática de irregularidades, sem provas concretas, será objeto de medidas judiciais cabíveis”, declarou.

O parecer favorável à cassação de Glauber Braga foi aprovado por 13 votos a 5 na última quarta-feira (10). A defesa do deputado ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes que o processo seja encaminhado ao plenário.

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