“Prognóstico incerto”: Cirurgia atual de Bolsonaro é a mais arriscada e já dura mais de 10 horas

Bolsonaro no hospital de Natal, Rio Grande do Norte, após ser internado na última sexta-feira (11). Foto: Reprodução

A cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), iniciada na manhã deste domingo (13), já ultrapassa 10 horas de duração. O procedimento teve início por volta das 10h no Hospital DF Star, em Brasília, com o objetivo de tratar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal.

Bolsonaro foi internado após ser transferido de Natal (RN), onde precisou de atendimento emergencial na sexta-feira (11) devido a um quadro de suboclusão intestinal. A expectativa é que ele permaneça internado após o procedimento.

O ex-presidente sentiu fortes dores durante compromissos no interior do Rio Grande do Norte e foi levado de helicóptero até Natal.

Há poucos minutos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para informar que o marido ainda está realizando o procedimento. “A cirurgia do Jair ainda não acabou”, disse Michelle por meio de um story no Instagram.

Story de Michelle Bolsonaro no Instagram. Foto: Reprodução

O médico pessoal de Bolsonaro, Cláudio Birolini, afirmou que, apesar de não ter acompanhado presencialmente as outras internações do ex-capitão, este foi o quadro mais grave desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.

Especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo também destacam que o prognóstico é incerto. A cirurgia atual envolve maior risco devido ao comprometimento da região abdominal por cirurgias anteriores. Mesmo após o procedimento, Bolsonaro pode voltar a apresentar novas crises caso surjam outras aderências, o que poderia exigir novas intervenções no futuro.

Segundo o professor Diego Adão, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o pior cenário seria a equipe médica não localizar um ponto específico de obstrução. Nesse caso, seria necessário liberar todas as aderências visíveis, o que pode prolongar a internação e exigir alimentação por via venosa.

Outra possibilidade seria a equipe não conseguir resolver nenhuma aderência, situação conhecida como “abdome congelado”, quando quase nenhuma intervenção é possível.

“Precisa ver o que vai acontecer dentro da cirurgia para saber qual o cenário daqui para frente. Pode ser que não seja o pior e que, após a cirurgia, ele consiga voltar ao estágio inicial”, avaliou o especialista.

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