Dólar hoje tem leve baixa com política comercial dos EUA ainda em foco

dollars-499481_1280

O dólar à vista recuava ante o real nesta segunda-feira (14), em linha com as quedas no exterior, à medida que investidores globais evitavam ativos norte-americanos em meio às incertezas sobre as políticas do governo Trump enquanto o mercado doméstico reagia com alívio à mais recente flexibilização nas tarifas dos Estados Unidos, apesar das sinalizações de novas taxas à frente.

Oportunidade na renda fixa internacional: acesse gratuitamente a seleção mensal da XP para investir em moeda forte

As expectativas dos norte-americanos para a inflação no curto prazo atingiram em março o maior nível desde outubro de 2023, em meio a uma deterioração na avaliação do público sobre suas finanças pessoais e perspectivas de contratação, informou um relatório do Federal Reserve de Nova York nesta segunda-feira.

O banco disse que em sua mais recente Pesquisa de Expectativas do Consumidor, os entrevistados veem a inflação daqui a um ano em 3,6%, acima dos 3,1% em fevereiro, igualando o nível visto em outubro de 2023.

Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 13h17, o dólar à vista operava em queda de 0,11%, aos R$ 5,865 na compra e R$ 5,866 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,55%, aos 5.850 pontos.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, a R$ 5,8698.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,865
  • Venda: R$ 5,866

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,899
  • Venda: R$ 6,079

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

O que aconteceu com dólar hoje?

Os ganhos da moeda brasileira sessão ocorriam na esteira das perdas amplas do dólar no exterior, com a divisa dos EUA recuando ante moedas fortes e pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Nos mercados emergentes, em particular, os investidores demonstraram ruptura com um novo recuo do presidente norte-americano, Donald Trump, nos seus planos tarifários, que têm gerado temores de uma guerra comercial global nas sessões desde o seu anúncio do “Dia da Libertação”, em 2 de abril.

A Casa Branca informou que concede exclusões tarifárias para uma série de produtos eletrônicos, como smartphones e computadores, ou que inclui uma isenção em relação à tarifa de 125% sobre a China, ou que beneficia empresas norte-americanas que têm produção no país asiático.

Os mercados também estão na expectativa com o início de negociações tarifárias bilaterais com os EUA, com conversas entre autoridades norte-americanas e japonesas agendadas para quinta-feira.

De forma geral, os analistas temem que a imposição de tarifas de forma ampla possa reavivar a inflação global e provocar uma recessão em diversos países, e o vaivém do governo Trump tem gerado ansiedade nos mercados e colocado em dúvida a confiança na moeda norte-americana.

Como consequência do rompimento tarifário, moedas de países emergentes ainda foram beneficiadas por preços de commodities mais altos, como minérios de ferro e petróleo, em reflexo das isenções e de dados positivos sobre a economia chinesa.

Os impactos da guerra tarifária sobre a segunda maior economia do mundo têm sido um fator de preocupação em mercados emergentes devido à sua dependência da demanda chinesa sobre suas commodities.

“As exportações das economias sul-americanas para os EUA são relativamente pequenas, limitando o impacto direto das tarifas. A maioria, no entanto, está exposta à demanda chinesa e aos preços das commodities”, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório.

Alguns investidores também parecem estar se desfazendo de ativos dos EUA, conforme aumentam as preocupações de que o país possa ser o maior prejudicado pelas tensões comerciais e os agentes perdem confiança na previsibilidade das políticas do país.

(Com Reuters)

The post Dólar hoje tem leve baixa com política comercial dos EUA ainda em foco appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.