Amiga de Michelle que morreu era paciente de ex-médico de Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a deputada Amália Barros (PL-MT), que morreu no ano passado. Foto: Reprodução

Ao dispensar o cirurgião Antônio Luiz Macedo da equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse a interlocutores que a morte da deputada Amália Barros (PL-MT), sua amiga, motivou a decisão. Ela faleceu em maio de 2024 após passar por operações com o profissional.

Amália tinha um nódulo benigno no pâncreas e sofreu um sangramento no fígado durante a primeira cirurgia. Ela teve que ser submetida a outras três operações para tentar controlar a intercorrência, que ocorre em menos de 1% dos pacientes com quadro semelhante, mas morreu no último procedimento.

A parlamentar foi eleita em 2022 e cumpria seu primeiro mandato. Ela morreu aos 39 anos e havia perdido a visão de um dos olhos duas décadas antes, o que motivou a criação do Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, que faz campanhas de arrecadação para doações de próteses oculares.

Em 2021, Amália lutou pela aprovação de projeto que reconhece a visão monocular como deficiência sensorial, do tipo visual. A legislação ficou conhecida como “Lei Amália Barros”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o médico Antônio Luiz Macedo, responsável por cinco de suas cirurgias, em 2019. Foto: Reprodução

A deputada ficou internada entre os dias 1º e 12 daquele mês no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Segundo a coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo, interlocutores de Michelle dizem que ela não tem “nada pessoal” contra Macedo, mas decidiu “fazer uma tentativa com outro médico”.

Outros auxiliares do casal afirmam que ela apresentava uma certa desconfiança em relação ao cirurgião após a morte de amiga. Por isso, argumentam, ela decidiu levar o marido para o DF Star, em Brasília, onde passou por cirurgia no último fim de semana.

Antes da sexta operação, Bolsonaro havia realizado as cinco anteriores com Macedo. Desde setembro de 2018, quando levou uma facada durante um evento de campanha em Juiz de Fora (MG), ele fazia todo o tratamento com o cirurgião.

Desta vez, ele passou pela operação com Cláudio Birolini, diretor do Serviço de Cirurgia Geral Eletiva do Hospital das Clínicas de São Paulo. Macedo passou a tratar Bolsonaro como “ex-paciente” e diz que seu trabalho foi desvalorizado com a decisão de Michelle.

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