Três médicas foram afastadas e estão sendo investigadas após a morte de uma recém-nascida durante um parto complicado no Hospital Centenário, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o portal de notícias RD Foco, a mãe, de 35 anos, com gravidez de risco por diabetes gestacional, relatou dores e deu entrada no hospital no dia 7 de abril. O parto foi induzido, mas o procedimento normal teve complicações graves.
Segundo o pai, o pedido por cesariana foi negado e o parto resultou em traumas severos à bebê, que faleceu no dia 9 de abril.
A mãe precisou retirar o útero e segue internada. A Polícia Civil investiga possível negligência e o hospital abriu sindicância interna. As médicas ainda prestarão depoimento e caso segue sob apuração.
Os detalhes do parto que terminou em morte de bebê e retirada de útero contados pelo pai da criança
O pai relatou que a bebê pesava 5,3 quilos e que durante o parto normal a esposa “fez força por muito tempo, estava fraca”. Eles pediram pela cesária, mas as médicas negaram.
No processo, saiu apenas parte da cabeça da bebê e trancou. Para tentar retirar a criança, as obstetras usaram a força e depois ainda tentaram empurrá-la de volta, mas não conseguiram, segundo o homem de 34 anos.
Após as complicações, as médias decidiram fazer a cesária e a recém-nascida foi encaminhada ao Hospital Conceição, em Porto Alegre. Já a mulher teve de passar por uma cirurgia para retirada do útero e foi encaminhada a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Centenário, onde continua hospitalizada.
Ainda conforme o pai, foi no Conceição que ele teve noção da gravidade do quadro da sua filha, que faleceu e foi sepultada em Novo Hamburgo.
“Ela ficou 10 minutos sem oxigênio, teve a clavícula quebrada e os nervos dos braços estavam arrebentados. Machucaram muito a cabeça dela. Tinham arranhões nos braços e no pescoço” relatou o pai da criança.