
A cidade de Veneza, na Itália, volta a cobrar a partir desta sexta-feira (18) a taxa de entrada para turistas que não pernoitam no local. A tarifa padrão permanece em € 5 (cerca de R$33), mas dobra para €10 (R$66) se adquirida com menos de três dias de antecedência.
A cobrança, que havia sido testada no ano passado, será aplicada em 54 datas entre os dias 18 de abril e 27 de julho — número quase duas vezes maior que em 2024 —, sempre entre 8h30 e 16h (horário local). O objetivo, segundo as autoridades locais, é mitigar os impactos do turismo em massa e gerar receita para a cidade, que é Patrimônio Mundial da Unesco desde 1987.
Os visitantes devem reservar o ingresso pelo site oficial e apresentar um QR code aos fiscais nos principais pontos de acesso, como a estação de trem Venezia Santa Lucia. A ausência do bilhete pode resultar em multas entre € 50 (R$257) e € 300 (R$1.544).
Estão isentos da cobrança moradores da região do Vêneto, crianças menores de 14 anos e turistas com reserva de hospedagem em Veneza. Mesmo os que se hospedarem devem registrar sua presença no site da taxa.
Em 2024, o projeto-piloto arrecadou € 2,4 milhões, superando as expectativas, apesar de não ter reduzido o volume de turistas. No ano passado, 3,9 milhões de pessoas pernoitaram no centro histórico, enquanto o total de visitantes chegou a cerca de 30 milhões.
Com uma população residente inferior a 50 mil pessoas, a cidade enfrenta desafios estruturais e sociais causados pelo turismo de massa, como a perda de moradores e dificuldades econômicas locais. Apesar de críticas de residentes, as autoridades mantêm a aposta na medida como forma de gestão de fluxo e incentivo ao turismo de maior permanência.
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