Santa Catarina terá uma representação significativa no Conclave que escolherá o sucessor de Francisco, após a morte do pontífice anunciada nesta segunda-feira (20). Entre os 138 cardeais com menos de 80 anos que têm direito a voto, três nasceram em cidades catarinenses: Gaspar, Mafra e Forquilhinha.
Um dos representantes é Jaime Spengler, natural de Gaspar, no Vale do Itajaí. Aos 64 anos, ele lidera atualmente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e é arcebispo de Porto Alegre (RS).
Sua trajetória religiosa começou na década de 1980, quando entrou para a Ordem dos Frades Menores. Foi ordenado padre em sua cidade natal no final de 1990 e, anos depois, concluiu o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Sua atuação como bispo teve início em 2010, ao ser nomeado auxiliar. Em 2013, assumiu a Arquidiocese de Porto Alegre e, em dezembro do ano passado, foi elevado ao posto de cardeal.
Outro catarinense com direito a voto é João Braz de Aviz, de 77 anos, nascido em Mafra. Embora tenha passado parte da infância no Paraná, foi em São Paulo e em Roma que se formou em Filosofia e Teologia.
Tornou-se padre em 1972 e teve forte atuação na formação de seminaristas e no ensino da Teologia Dogmática. Após retornar ao Brasil, ocupou cargos como bispo auxiliar em Vitória, bispo de Ponta Grossa e arcebispo de Brasília.
Desde 2011, comanda o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano. É cardeal desde 2012 e participou do Conclave que elegeu Francisco.
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Leonardo Ulrich Steiner, de 74 anos, completa a lista. Nascido em Forquilhinha, no Sul do estado, é o primeiro cardeal da Amazônia, onde hoje é arcebispo de Manaus. Com formação em Filosofia e Pedagogia, iniciou seus estudos no convento dos Franciscanos de Petrópolis e concluiu o doutorado em Filosofia em Roma.
Foi ordenado sacerdote em 1978 e teve forte envolvimento com a área educacional. Entre 1999 e 2003, atuou como secretário-geral de uma instituição pontifícia em Roma. Já no Brasil, passou por paróquias no Paraná e foi nomeado bispo em 2005. Em 2019, assumiu a Arquidiocese de Manaus e foi elevado ao cardinalato três anos depois.
A escolha do novo papa será feita em uma cerimônia fechada, com data ainda a ser definida. O destaque dos três cardeais catarinenses confirma o papel crescente da Igreja brasileira no cenário global.
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