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Pela primeira vez, o ouro ultrapassou os US$ 3.500 por onça em meio à forte demanda por ativos de proteção. As bolsas dos Estados Unidos encerraram a semana passada em queda em o S&P 500 e o Nasdaq começam esta semana pressionados.
Raphael Figueiredo, o Rafi, estrategista de ações da XP, que comandou o programa Morning Call da XP, afirmou que a semana iniciou bem “agitada”.
Na segunda (21), embora com a maioria das bolsas no mundo fechada, nos Estados Unidos elas estavam abertas e tiveram forte recuo. “Foi um banho de sangue”, resumiu o dia.
Para ele, o momento é de cautela e o nível de desconfiança do investidor lá nos EUA é imensa. Para o analista, há vários fatores para o descrédito e isso se deve à política econômica implementada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incluindo a guerra comercial.
Ataques a Powell
“Os ataques que ele andou fazendo ao presidente do Federal Reserve (Fed; o banco central americano), Jerome Powell, gerou um mar de desconfiança a ponto de ver um processo raro de acontecer que é uma queda do dólar junto com a alta no rendimento das treasuries (papéis do Tesouro dos EUA)”, disse.
“O mercado reagiu no preço em função do Trump atacar o presidente do banco central (dos EUA) dizendo que ia demiti-lo”, afirmou.
“Há uma insatisfação do investidor em relação ao futuro da economia americana e isso fez com que as bolsas caíssem bem, inclusive os ativos brasileiros negociados em Nova York, as chamadas ADRs”, comentou sobre o desempenho do mercado americano nesta segunda.
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Ele vê as bolsas dos EUA ensaiando uma recuperação hoje, mas apenas como correção. “Sobre o fato do ouro romper a barreira de US$ 3.500 denota que o investidor corre atrás do metal já que “o dólar, neste momento, não está sendo a moeda para proteção”.
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