
Hugo Motta (Republicanos-PB), atual presidente da Câmara, articulou com líderes de 14 partidos uma estratégia para adiar a votação da proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, esvaziando a pressão feita pelo PL de Jair Bolsonaro.
O objetivo da estratégia seria evitar que o tema avance rapidamente no plenário, isolando o PL e o Novo, únicos partidos que defendem urgência na tramitação – Motta propõe que o projeto passe por mais debates antes de ser votado.
O PL insiste em levar o tema ao plenário e ameaça romper com o presidente da Câmara caso o requerimento de urgência não seja apreciado. A insatisfação foi vocalizada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que afirmou que a legenda pode atrapalhar a liberação de emendas.
A reunião do colégio de líderes, marcada para esta quinta-feira (24), deve consolidar a estratégia de adiar a decisão. O argumento defendido por Motta e seus aliados é que o projeto precisa ser aprimorado e que há temas mais urgentes no Congresso, como saúde, segurança e economia. Segundo a Folha, o parlamentar já havia discutido com partidos de centro formas de enfraquecer a ofensiva bolsonarista.
Motta também sugeriu que Bolsonaro e seus aliados apresentem uma nova versão do texto, com modulação das penas consideradas excessivas, mas sem anistiar quem cometeu vandalismo.

Até agora, essa versão enxuta ainda não foi formalizada. A expectativa do grupo é que o STF avance em medidas como a concessão de prisão domiciliar, o que poderia reduzir a pressão pela anistia.
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