Defesa de vítima em caso de estupro coletivo se manifesta e aponta vulnerabilidade psíquica da mulher

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Após o caso de estupro coletivo de uma mulher, ocorrido em 7 de abril em um condomínio na Zona Oeste de Juiz de Fora, os advogados da vítima se manifestaram, nesta quinta-feira (24), pela primeira vez após o crime. Em nota enviada à Tribuna, a defesa afirma que, no momento em foi submetida à violência, ela encontrava-se em estado de vulnerabilidade psíquica, o que a impediria de ter compreensão da realidade. 

“A vítima, no momento em que foi submetida à tal violência, não possuía plena capacidade de discernimento, encontrando-se em estado de vulnerabilidade psíquica que lhe impedia a adequada compreensão da realidade, bem como a distinção entre o certo e o errado. Suas reações foram meramente reflexas, respostas determinadas pelas circunstâncias externas que a afetavam.”

A mulher é representada pelos advogados Antônio Carlos de Oliveira Filho e Marcelo Rodrigues Furtado de Mendonça. Os profissionais argumentam que a narrativa apresentada pela defesa de um dos suspeitos de cometerem o crime não condiz com a verdade dos fatos que estão sendo devidamente apurados pelas autoridades competentes. “Ressalte-se que a gravidade da conduta do investigado é sobremaneira dilatada pelo fato de o mesmo ter invadido a residência da vítima e registrado em vídeo esse grotesco ato de violência, sem qualquer autorização, com o fim de expô-la, ferindo ainda mais sua integridade moral e psíquica.” 

Os advogados da vítima também destacaram que a apuração dos fatos conta com “sólidas e robustas provas documentais e audiovisuais que confirmam a versão apresentada pela vítima – incluindo o fato de que o acusado pulou o muro e invadiu a sua residência,o que reforça ainda mais a gravidade da situação”. 

“Por respeito à vítima, à sua família e ao devido processo legal, não serão fornecidos detalhes adicionais neste momento. Reiteramos nossa confiança nas instituições responsáveis pela apuração e julgamento do caso, certos de que a Justiça será feita com firmeza e celeridade”, finaliza a nota. 

Fotógrafo é considerado foragido pela PC

O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, que instaurou um inquérito para apurar o crime e solicitou à Justiça a prisão temporária de todos os cinco acusados de envolvimento no crime. Até o momento, quatro vigilantes estão presos. O fotógrafo Rian Rabelo permanece foragido, segundo a Polícia Civil. 

Nessa quarta (23), a Tribuna procurou a defesa dos suspeitos, representada pelos advogados Rudolf Rocha e Thiago Rodrigues. Os profissionais informaram que não vão se manifestar sobre um dos clientes ser considerado foragido. Eles apontaram, contudo, que a inocência do fotógrafo será comprovada nos autos do processo. 

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