“Há um modelo diferente de se investir”, diz Ramiro, do Clube do Valor, sobre Wealth

Ramiro Gomes, sócio-fundador do Clube do Valor e gestor profissional de investimentos com atuação em wealth há 10 anos, diz que vem percebendo um movimento forte do segmento nos últimos anos.

“Está claro ao longo dos últimos 18 meses como o mercado está vivendo um período de mudança cada vez mais acelerado, com o investidor fazendo a transição para um modelo de wealth, onde as empresas prestam serviço de aconselhamento”, explica ele.

Mas para essa transformação ocorrer de forma plena, segundo o gestor, é preciso educação financeira. Ele acha que mesmo com a rápida transição que ocorre no segmento de wealth, muita gente ainda desconhece sua existência no mercado.

“Percebe-se que muitas pessoas ainda nem sabem que existe um modelo diferente de investir o seu dinheiro daquilo que ele está acostumado, que é o assessoramento do gerente bancário, do assessor”, ressalta.

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Não é só grandes fortunas

Além disso, Ramiro Gomes vê as pessoas ainda com a ideia de que um serviço de wealth está restrito a pessoas com grandes fortunas, com patrimônio acima de R$ 10 milhões. “A nosso ideia aqui é democratizar isso”, afirma, acrescentando que patrimônios de menor valor é possível aplicar o conceito.

A atuação do serviço de wealth, explica o gestor, envolve aconselhamento na preservação, multiplicação e perpetuação patrimonial do cliente, com estratégia de investimento, planejamento para conquistar objetivos financeiros, aposentadoria, sucessão, diversificação internacional e eficiência fiscal.

“A gente acredita muito que o nosso papel aqui vai muito além de recomendar produtos. O maior desafio talvez seja conseguir pensar nisso tudo dentro de um contexto personalizado, para que as pessoas possam reduzir os riscos e garantir que vai ser preservado e multiplicado o patrimônio no passar do tempo”, explica.

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Personalização

“O mais importante é a compreensão da realidade de cada um. A gente percebe que tem casos muito diferentes um dos outros”, complementa. A sua empresa atende mais de 3,5 mil famílias.

Gomes vê o mercado mudando também na relação entre profissional do mercado financeiro e cliente, deixando de ser comercial e tornando-se mais uma prestação de serviço, de planejamento financeiro, com alocação de ativos sob medida, entre outras demandas patrimoniais.

Especificamente sobre investimentos, Ramiro Gomes avalia que é preciso ter muita clareza na estratégia. “Há seis meses estava todo mundo querendo internacionalizar mais do que devia de seu patrimônio porque as notícias no Brasil eram ruins e o dólar não parava de subir”, lembra.

“Falavam que queriam acelerar a internacionalização, que estava em 10%, 20%, até 30%. Agora, nesse momento, com toda confusão das tarifas do Trump, com bolsa americana caindo, muitas pessoas estão com medo de internacionalizar. O fato é que o investidor tem que ter o perfil de risco compatível com a sua realidade”, afirma.

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