
Imagem: Stringer/Reuters
Milhares de fiéis lotaram as ruas do centro de Buenos Aires neste sábado (26) para se despedir do papa Francisco, na maior manifestação popular desde o anúncio de sua morte.
Em vigília desde a madrugada, os admiradores do pontífice participaram de uma missa emocionante na Catedral Metropolitana e de um almoço comunitário na Praça de Maio, no coração da capital argentina.
A Arquidiocese de Buenos Aires organizou uma peregrinação especial intitulada “Pacto de amor a Francisco: peregrinação pelos lugares da dor”, com percurso aberto na região sul da cidade.
O trajeto passou por locais emblemáticos que marcaram a trajetória de Jorge Bergoglio antes de se tornar líder máximo da Igreja Católica, como hospitais, penitenciárias e favelas onde ele celebrava missas e prestava assistência aos mais pobres.
Durante a missa, um dos momentos mais marcantes foi a elevação da imagem da Virgem de Caacupé, padroeira do Paraguai e símbolo das favelas de Buenos Aires, onde muitos moradores são imigrantes.
Francisco, ao longo de seu papado, foi um defensor fervoroso dos refugiados e imigrantes, e seu trabalho nas periferias da capital argentina é lembrado com reverência.
Na Praça de Maio, fiéis emocionados descreveram Francisco como “um dos papas mais queridos entre todos os papas”.
Uma das participantes resumiu o sentimento coletivo: “É um dia de muita tristeza. Temos que seguir com o que ele nos ensinou: fraternidade, paz e amor”.
Muitos argentinos admitiram que apenas agora estão compreendendo a verdadeira dimensão do legado de Francisco.
Martí Salinas, moradora de La Matanza, declarou que só agora a população está “interiorizando” o impacto das ações do pontífice. “Muito triste. Talvez, não demos o verdadeiro valor ao papa”, afirmou, ressaltando que Francisco, com sua simplicidade e trabalho dedicado aos mais pobres, transformou comunidades inteiras da Grande Buenos Aires.
A atuação de Francisco junto aos chamados curas villeros — padres que atuam nas favelas — foi lembrada como fundamental para a implementação de escolas, centros de saúde, restaurantes populares e projetos de reabilitação de dependentes químicos em regiões vulneráveis.
Para os argentinos que hoje prestam essa despedida histórica, o papa do povo deixa um legado que transcende fronteiras e se consolida na memória popular. As informações são do UOL.
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