Justiça condena Marçal pela segunda vez e impõe multa de R$ 420 mil

Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP) (Foto: Reprodução/YouTube)

O coach e influenciador digital Pablo Marçal foi condenado pela segunda vez pela Justiça Eleitoral. Dessa vez a acusação indica uso indevido dos meios de comunicação, captação e gastos ilícitos de recursos, além de abuso do poder econômico durante sua campanha para prefeito de São Paulo, em 2024. A decisão determina que ele fique inelegível por oito anos e pague uma multa de R$ 420 mil.
Ainda cabe recurso da decisão. Em fevereiro, o influenciador já havia sido condenado a ficar fora das próximas eleições por se oferecer para gravar vídeos de apoio a candidatos de direita, em troca de transferências via pix de R$ 5 mil.
O novo processo foi movido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), da deputada federal Tábata Amaral, que também disputou a prefeitura e denunciou os abusos do concorrente. O partido alega que Marçal monetizava eleitores que divulgassem trechos de seus vídeos como candidato, o que é proibido pela lei eleitoral.
A defesa do coach alegou “ausência de gravidade nos fatos apontados de forma a desequilibrar o pleito ou influenciar no resultado das eleições”, como relata a colunista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Mas, em agosto de 2024, a própria Justiça determinou a suspensão temporária dos perfis oficiais do candidato nas redes sociais e proibiu que ele remunerasse “os cortadores de seus conteúdos”.
Plataformas como Instagram, TikTok e X bloquearam os perfis, mas a comunidade de apoio a Marçal seguiu ativa no Discord. Isso, segundo o juiz, foi estimulado pelo próprio réu, pedindo que os cortadores “continuassem fazendo o que precisasse ser feito.”
Como a multa diária pelo descumprimento era de R$ 10 mil e a desobediência seguiu por 42 dias, o juiz estabeleceu a multa de R$ 420 mil.

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