
Após o funeral do papa Francisco, a atenção da Igreja Católica e do mundo volta-se para o novo conclave que elegerá o próximo pontífice. Especialistas e veículos de imprensa já apontam os cardeais que despontam como favoritos na sucessão. Entre eles, figuras conservadoras e progressistas representam diferentes caminhos possíveis para o futuro da Igreja.
Nomes como Robert Sarah, Matteo Zuppi, Pietro Parolin, Luis Antonio Tagle, Jean-Marc Aveline e Péter Erdo figuram entre os mais citados nas análises. Cada um carrega perfis distintos: Sarah, de pensamento ortodoxo e conservador, é visto como o “anti-woke” favorito da direita; Zuppi, ligado à ala progressista, defende o acolhimento de fiéis LGBTQIA+ e reformas litúrgicas; já Parolin, secretário de Estado do Vaticano, representa a linha da diplomacia e da continuidade.
O conclave contará com 133 cardeais eleitores, depois que dois religiosos anunciaram que não poderão votar por motivos de saúde. Embora qualquer batizado possa, em tese, ser eleito papa, historicamente os cardeais têm sido escolhidos para o cargo. A divisão entre alas conservadoras e progressistas torna esta escolha especialmente crucial para os rumos futuros da Igreja Católica.
Entre os conservadores, nomes como Péter Erdo, Malcolm Ranjith e Willem Eijk se destacam pela defesa de posições tradicionais sobre família, liturgia e sexualidade. Por outro lado, Luis Tagle, da Ásia, e Fridolin Ambongo Besungu, da África, trazem uma visão de justiça social, abertura ao diálogo inter-religioso e preocupação com causas contemporâneas, como imigração e mudanças climáticas.

O cenário ainda é de grande incerteza, e as alianças construídas durante o conclave podem mudar o rumo da disputa. Figuras menos cotadas, como Pierbattista Pizzaballa e Anders Arborelius, também entram no radar como possíveis alternativas de consenso, especialmente se houver impasses prolongados entre as alas mais polarizadas.
Independentemente do escolhido, o futuro papa herdará uma Igreja em transformação, desafiada a equilibrar tradição e renovação. As próximas semanas serão decisivas não apenas para os católicos, mas para o cenário geopolítico global.
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