De olho na anistia, a nova estratégia bolsonarista é bajular Fux

Luiz Fux e Jair Bolsonaro (PL): bolsonaristas irão exaltar o posicionamento do ministro no julgamento da cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues. Foto: Reprodução

Integrantes do PL e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso iniciarão nesta semana um movimento de apoio e elogios ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

A estratégia é exaltar a atuação do magistrado nas tribunas da Câmara e do Senado, além das redes sociais, destacando seu posicionamento no julgamento da cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Fux votou para que Débora, acusada de pichar com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua em frente ao STF durante os atos de 8 de janeiro, cumpra uma pena de um ano e meio. Prevaleceu, no entanto, o voto do relator Alexandre de Moraes, que defendeu 14 anos de prisão. Moraes foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia.

Na avaliação de Moraes, Débora cometeu cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Fux divergiu, entendendo que ela deveria ser condenada apenas por dano ao patrimônio, sem a imputação de associação criminosa armada.

Débora Santos, que pichou a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao STF, durante o ataque de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

O movimento de apoio a Fux já foi iniciado por figuras como Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, que elogiaram o ministro nas redes sociais. Em vídeo publicado no fim de semana, Malafaia parabenizou Luiz Fux e chamou Moraes de “ditador desgraçado”.

Parlamentares do PL afirmam que o objetivo da ação é tentar criar fissuras internas no STF, cujos ministros têm votado de maneira alinhada nas condenações relacionadas ao 8 de janeiro. Além disso, os bolsonaristas buscam aumentar a pressão sobre Moraes.

Para evitar um mal-estar dentro da Corte, Fux procurou Moraes antes da votação para comunicar sua divergência, a fim de não ser visto como desleal ao abrir posição contrária no julgamento.

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