Decisão sobre Brazão na Câmara pode beneficiar Glauber Braga; entenda como

Chiquinho Brazão, preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco – Foto: Reprodução

Talíria Petrone, líder do PSol na Câmara, afirmou que a perda do mandato do deputado Chiquinho Brazão será usada para defender Glauber Braga.

Em entrevista ao Metrópoles, a deputada criticou a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que cassou Brazão por faltas regimentais, evitando votação no plenário. “A Câmara se eximiu de votar a cassação de um deputado acusado de mandar matar uma vereadora. Vai votar a do Glauber porque ele se exaltou?”, questionou.

Para a parlamentar, a possível cassação de Glauber seria desproporcional. Ela argumenta que, se a Câmara evitou julgar Brazão, acusado de crime grave, não faz sentido colocar em pauta o caso de um deputado que apenas reagiu a uma provocação pessoal. A líder acredita que essa comparação fortalece a defesa de Glauber no plenário, onde o caso ainda será analisado.

A líder do PSol na Câmara, Talíria Petrone (RJ) – Foto: Reprodução

A cassação de um mandato por decisão do plenário implica perda dos direitos políticos. Já a perda por excesso de faltas, como ocorreu com Chiquinho Brazão, permite que o político concorra novamente. Essa diferença é central na estratégia do PSol para proteger Glauber Braga, que já teve pedido de cassação aprovado no Conselho de Ética.

Após a aprovação da denúncia no colegiado, Glauber entrou em greve de fome e ocupou uma sala das comissões da Câmara. O protesto terminou após o PSol negociar com Motta um prazo de dois meses antes da votação em plenário. O partido agora aposta na incoerência da Câmara para barrar a cassação.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) durante greve de fome no plenário 5 da Câmara – Foto: Reprodução

Chiquinho Brazão está preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Mesmo detido, acumulava faltas sem justificar, o que motivou a decisão de Motta com base no Artigo 55 da Constituição Federal.

A manobra do presidente da Câmara usou a prerrogativa legal para evitar uma votação política em plenário. O PSol agora se apoia nesse precedente para reforçar a defesa de Glauber.

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