Trens, aeroportos, hospitais: o caos gerado pelo apagão na Europa

Aeroporto de Barajas, em Madri, às escuras em virtude do apagão que atingiu boa parte da Europa. Reprodução

Um apagão que atingiu diversas regiões da Europa nesta segunda-feira (28) impactou o funcionamento dos aeroportos em Portugal e na Espanha.

O que ocorreu

A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) de Portugal orientou os passageiros a evitarem deslocamentos aos aeroportos. Em comunicado ao jornal Lusa, o órgão informou que os planos de contingência foram acionados, mas que as operações seguem bastante limitadas. A recomendação vale até que novas instruções sejam divulgadas pelas companhias aéreas.

No Aeroporto de Lisboa, os voos estão ocorrendo com restrições. De acordo com a ANAC, até o momento, não foram registrados problemas nos aeroportos da Madeira e dos Açores.

Impacto na EspanhaNa Espanha, vários aeroportos também foram afetados. Em Barajas (Madri) e El Prat (Barcelona), diversos voos foram cancelados, e passageiros relataram que ficaram dentro das aeronaves sem decolar após o início do apagão. Filas extensas se formaram no Aeroporto de Barajas, segundo o jornal El País, com grande tumulto entre viajantes tentando pegar táxis, já que o metrô, os trens e os ônibus urbanos estavam fora de operação.

Relatos indicam ainda impactos nos aeroportos de Granada, Navarra e País Basco. A empresa Aena, responsável pela administração de 46 aeroportos espanhóis, confirmou que as unidades estão funcionando com sistemas de energia de emergência e informou que alguns atrasos já foram registrados. “O impacto nos voos dependerá das dificuldades que passageiros e tripulações enfrentarem para chegar aos aeroportos”, publicou a companhia na rede X.

Entenda o que aconteceu

Uma falha elétrica por volta das 7h30 (horário de Brasília) provocou paralisações no transporte público, interrupções nos sinais de telefonia celular, falhas bancárias e outros transtornos. Estações de metrô foram fechadas e passageiros aguardam por voos atrasados em diferentes aeroportos.

Na estação ferroviária Joaquin Sorolla, em Valência, viajantes ficaram presos após a falha elétrica atingir grande parte da Espanha.

Pessoas na estação de trem Joaquim Sorolla, em Valência, na Espanha, paralisada por conta do apagão. Foto: Reuters

Causas e consequências

Informações preliminares indicam que o apagão teve início na Espanha. A E-Redes, distribuidora portuguesa de energia, informou que o problema foi causado por falhas numa rede de alta tensão espanhola. As causas exatas ainda estão sob investigação.

Ainda não há previsão oficial para o restabelecimento completo da eletricidade. Empresas operadoras estimam que a normalização poderá levar entre seis e dez horas. Em Lisboa, a companhia de abastecimento de água EPAL advertiu sobre possíveis suspensões no fornecimento de água devido ao corte de energia.

O metrô de Madri, Lisboa e Porto paralisou totalmente as operações, e em Portugal os bondes também interromperam a circulação. Turistas relataram dificuldades em acessar apartamentos, pois muitas portas utilizam chips eletrônicos.

As autoridades, por ora, descartam a possibilidade de um ataque cibernético. O Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal afirmou que não há indícios de que o apagão tenha sido provocado por hackers.

Os governos de Portugal e Espanha convocaram reuniões de emergência. Já a Comissão Europeia declarou estar em contato com as autoridades locais e os operadores para avaliar a origem e o impacto da falha elétrica que atingiu toda a Península Ibérica.

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