
A Eli Lilly, farmacêutica que produz e comercializa o medicamento Mounjaro (tirzepatida), anunciou na última sexta-feira (25) que o produto começará a ser vendido nas farmácias brasileiras na primeira quinzena de maio.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro para o tratamento do diabetes tipo 2 e agora aguarda a avaliação da indicação para controle crônico do peso, como forma auxiliar à dieta e à atividade física. O remédio chega ao Brasil como concorrente direto do Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida.
Ambos os medicamentos são administrados semanalmente por meio de canetas injetáveis e têm sido utilizados também para o controle de peso, mesmo antes da autorização oficial para essa finalidade. A principal diferença entre os fármacos está em seus princípios ativos: o Mounjaro utiliza a tirzepatida, enquanto o Ozempic contém semaglutida. Esses compostos atuam no controle da glicose e na redução do apetite.
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Comparação de preços
Atualmente, o Ozempic é mais barato do que o Mounjaro nas farmácias brasileiras. A diferença de preço pode chegar a centenas de reais, dependendo da dose e do canal de compra.
No caso do Mounjaro, cada caixa contém quatro canetas, o que corresponde a um mês de tratamento. A versão de 2,5 mg, dentro do programa da fabricante (Lilly), será vendida por R$ 1.406,75 no e-commerce e R$ 1.506,76 em lojas físicas. Fora do programa, o preço sobe para R$ 1.907,29.
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Já a versão de 5 mg custará R$ 1.759,64 no e-commerce e R$ 1.859,65 nas lojas físicas, dentro do programa. Fora dele, o valor chega a R$ 2.384,34.
O Ozempic, também comercializado em caixas com quatro canetas, tem preços definidos de acordo com a alíquota de ICMS de cada estado, conforme a tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicada em abril de 2024.
A faixa de preço do Ozempic fica entre R$ 1.000 e R$ 1.300. Mesmo na condição mais vantajosa do Mounjaro, por meio do programa da fabricante, o custo ainda é de pelo menos R$ 100 a R$ 400 mais alto do que o do Ozempic.
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Quem pode tomar?
Especialistas médicos, as farmacêuticas e até mesmo a Anvisa não aprovam a utilização dos medicamentos de forma off-label, que ocorre quando um médico prescreve um medicamento fora das indicações aprovadas na bula.
Segundo Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a medicação deve ser sempre prescrita por um médico para pessoas com obesidade clínica e/ou diabetes que estão em acompanhamento.
A recomendação é que o Mounjaro e o Ozempic sejam utilizados por pacientes com diabetes tipo 2 que necessitam de um melhor controle glicêmico e, em alguns casos, para indivíduos com obesidade associada ao diabetes. A especialista destaca que o uso desses medicamentos para perda de peso em pessoas sem diagnóstico de obesidade é desaconselhado.
Apesar disso, no Brasil, a indicação oficial do Mounjaro ainda se restringe ao tratamento do diabetes tipo 2. A liberação do uso do medicamento para controle de peso ainda está em análise pela Anvisa.
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