Trump manda conselheiro acalmar Wall Street após tarifas — mas tiro sai pela culatra

O principal assessor econômico de Donald Trump, Stephen Miran, falhou em tranquilizar grandes investidores durante uma reunião realizada na última sexta-feira (25), após a turbulência nos mercados causada pelo anúncio de novas tarifas, segundo reportagem do Financial Times.

O encontro ocorreu no edifício executivo Eisenhower, anexo à Casa Branca, e contou com cerca de 15 representantes de fundos hedge como Balyasny, Tudor Group, do bilionário Paul Tudor Jones, e Citadel, além de gestores como PGIM e BlackRock. A reunião foi organizada pelo Citigroup e coincidiu com o encontro de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Participantes relataram que os comentários de Miran sobre tarifas e mercado foram considerados “incoerentes” ou incompletos. “Quando ele começou a responder perguntas, tudo desandou”, disse uma fonte ao FT. Outro participante descreveu o assessor como “acima de sua capacidade”.

Stephen Miran manteve a linha do governo de que as tarifas devem afetar mais os parceiros comerciais dos EUA do que os consumidores americanos. Ele afirmou que o objetivo principal das tarifas não é arrecadação.

Contatada pela publicação, a Casa Branca comentou que mantém contato regular com o setor privado e que todas as decisões têm como foco “o melhor interesse do povo americano”.

Apesar das críticas, um interlocutor demonstrou otimismo com a abordagem da administração Trump em relação à desregulamentação e cortes de impostos.

O mercado reagiu negativamente ao anúncio das chamadas “tarifas recíprocas” por parte de Trump. Segundo dados compilados pelo FT, os primeiros 100 dias de Trump na presidência registraram o pior desempenho da bolsa americana em 50 anos.

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