Trump demite Michael Waltz, que incluiu jornalista em grupo sobre ataque no Iêmen

Michael Waltz, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, foi escolhido para cargo de conselheiro de Segurança Nacional do governo Trump
Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O governo de Donald Trump enfrenta sua primeira grande crise política após a demissão do conselheiro de segurança nacional, Michael Waltz, e de seu vice, Alex Wong. A saída dos dois membros da cúpula foi confirmada nesta quinta-feira pelas principais emissoras americanas e agências de notícias ligadas ao Partido Republicano.

O episódio se soma a uma semana de turbulência para a gestão Trump, marcada por retração econômica e queda na confiança popular. A pressão aumentou após a revelação de que Waltz havia adicionado um jornalista a um grupo no aplicativo Signal onde eram discutidos planos de ataque ao Iêmen — um vazamento que expôs informações sigilosas e fragilizou a segurança do governo.

Michael Waltz, ex-deputado republicano, assumiu publicamente a responsabilidade pela falha, mas o estrago já estava feito. Apesar de, inicialmente, Trump ter tentado blindar o aliado afirmando que ele “aprendeu a lição”, a permanência do conselheiro tornou-se insustentável diante da crescente pressão interna e externa.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falando com expressão de raiva e apertando as mãos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Reprodução

A situação se agravou com denúncias de que Waltz havia criado cerca de 20 grupos de mensagens para tratar de temas sensíveis da segurança nacional por vias não oficiais. A imprensa americana noticiou que o presidente ficou furioso ao saber do alcance e da frequência dessas comunicações paralelas.

Nos bastidores, o vazamento gerou tensão entre lideranças militares e políticas. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, e outros altos funcionários foram duramente criticados por não conterem os danos causados pela quebra de protocolo. A crise culminou com a recomendação do vice-presidente JD Vance pela exoneração de Waltz.

A oposição democrata aproveitou o episódio para questionar a competência do governo Trump em lidar com dados sigilosos e temas estratégicos. O incidente evidencia o desafio do presidente em manter coesão em seu gabinete e controlar os impactos de erros internos em um cenário político cada vez mais instável. As informações são de Jamil Chade.

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