
Na última sessão, o dólar à vista encerrou o pregão em alta de 0,81%, cotado a R$ 5,6763, interrompendo uma sequência de oito sessões consecutivas de queda. O movimento foi influenciado por uma combinação de fatores: a disputa em torno da Ptax de fim de mês, dados econômicos fracos da China e dos Estados Unidos e números de emprego formal abaixo do esperado no Brasil. A Ptax, taxa calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No início da sessão, o dólar chegou a oscilar em baixa, com investidores vendidos puxando as cotações visando a Ptax, mas rapidamente migrou para o território positivo, com agentes comprados impulsionando as cotações, que também reagiam aos dados fracos divulgados na China, nos EUA e no Brasil.
Para os traders que operam o minidólar, o cenário atual exige atenção. A reversão da tendência de queda do dólar, após oito sessões consecutivas de baixa, indica uma possível mudança no sentimento do mercado. A volatilidade observada, especialmente em dias de fechamento de Ptax, destaca a importância de monitorar de perto os dados econômicos globais e domésticos, bem como os movimentos estratégicos dos grandes players do mercado. Com a divulgação de indicadores econômicos fracos na China e nos Estados Unidos, além de números de emprego abaixo do esperado no Brasil, os investidores devem estar preparados para possíveis oscilações nos próximos pregões.
Os contratos de minidólar (WDOM25), com vencimento em junho, encerraram a última sessão em alta de 0,96%, aos 5.710,5 pontos, em um movimento de recuperação após tocarem a mínima de 2025 em 5.644,5.
Análise do gráfico de 15 minutos
No intraday, o minidólar voltou a registrar valorização, mas encerrou o pregão ainda abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que exige cautela quanto à continuidade da recuperação. A superação da resistência imediata em 5.718/5.727 pontos será determinante para a retomada de um fluxo altista mais claro. Caso isso ocorra, os próximos alvos técnicos estão em 5.743/5.753 pontos e, depois, em 5.770/5.782 pontos.
Por outro lado, se houver perda da zona de suporte em 5.709/5.700 pontos, o fluxo vendedor pode ser reativado, mirando os próximos níveis de suporte em 5.692/5.681 pontos. Abaixo disso, o alvo mais longo aparece em 5.662/5.650 pontos. O cenário segue indefinido no curto prazo, e o volume será crucial para confirmar qualquer direção.
No gráfico diário, o ativo apresentou reação técnica após cravar a mínima de 2025 em 5.644,5 pontos, sinalizando tentativa de fundo. No entanto, segue negociando abaixo das médias móveis, o que mantém o viés negativo no curto prazo.
Para que o repique ganhe força, será necessária a superação da máxima da sessão anterior, o que poderia levar o ativo até a região das médias, com alvo inicial em 5.727/5.750 pontos. Caso consiga romper essa faixa, o próximo objetivo técnico será na média de 21 períodos, atualmente em 5.829 pontos.
Por outro lado, se houver perda da mínima anterior em 5.644,5 pontos, o movimento de queda pode ser retomado, com alvos em 5.625 e 5.527 pontos. O IFR (14) está em 41,05, ainda em terreno neutro, mas sem força suficiente para confirmar uma reversão consolidada.

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Dólar futuro (WDOM25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar mostrou força compradora, fechando acima das médias de 9 e 21 períodos, o que pode indicar retomada de alta. Para confirmar esse movimento, será necessário romper com volume a resistência em 5.727/5.753 pontos. Caso isso ocorra, o ativo pode mirar 5.770/5.795 pontos, com possibilidade de estender o movimento até 5.813/5.836 pontos. O alvo mais ambicioso, em caso de força contínua, está em 5.841 pontos.
No cenário oposto, se o ativo voltar a recuar, o primeiro suporte relevante está em 5.706/5.691 pontos. Uma vez rompido esse nível, o movimento vendedor pode ganhar intensidade, mirando os próximos suportes em 5.662/5.644,5 pontos e, posteriormente, em 5.625/5.600 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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