
O partido de direita Reformista, do Reino Unido, conquistou uma vaga no Parlamento, uma prefeitura e brigava por uma série de cargos em conselhos locais na sexta-feira, nos primeiros resultados de eleições que, segundo o líder Nigel Farage, provam que agora é a verdadeira legenda de oposição.
O partido populista Reformista, liderado pelo veterano defensor do Brexit, espera que as eleições locais de quinta-feira na Inglaterra marquem o fim de um século de domínio da política britânica pelo Partido Trabalhista, no poder, e pelos conservadores, na oposição.
Na disputa mais observada, para o assento parlamentar vago de Runcorn e Helsby, o Reformista venceu por apenas seis votos após uma recontagem completa, dando ao partido de Farage seu quinto assento na Câmara dos Comuns. Os trabalhistas haviam conquistado a cadeira na eleição nacional do ano passado com uma maioria de quase 15.000 votos.
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“Foi uma grande noite para o Reformista”, disse Farage aos repórteres. “Este é o coração do Partido Trabalhista, seu voto entrou em colapso e grande parte dele veio para nós.”
Os conservadores — historicamente um dos partidos mais bem-sucedidos de qualquer democracia moderna — agora estão “fritos”, afirmou ele.
“Vocês estão testemunhando o fim de um partido que existe desde 1832.”
O Reformista venceu a corrida para prefeitura em Greater Lincolnshire: Andrea Jenkyns, uma ex-ministra do governo conservador que desertou para o Reformista depois de perder sua cadeira no ano passado, tornou-se a mais poderosa política eleita até o momento, com responsabilidade por uma área que abrange cerca de um milhão de pessoas.
O partido também estava liderando na contagem inicial de conselheiros eleitos, embora apenas um pequeno número dos mais de 1.600 assentos em disputa nas autoridades locais tenha sido declarado.
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A fragmentação do cenário político deu a Farage a oportunidade de reivindicar sua posição de representante da direita da política britânica. As eleições gerais do ano passado levaram os conservadores a uma derrota histórica, perdendo mais da metade de seu apoio.
O primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer, que obteve uma das maiores maiorias parlamentares da história britânica no verão passado, sofreu desde então o mais rápido declínio de popularidade de qualquer governo recém-eleito.
Seu governo aumentou os impostos e cortou os benefícios para os idosos, dizendo que as medidas eram necessárias para restaurar a estabilidade financeira após 14 anos de má administração do Partido Conservador.
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Farage, que há muito tempo apoia o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está ciente das preocupações dos eleitores com algumas das posições de Trump que prejudicaram o voto da direita em países como o Canadá, e se distanciou de Trump em relação às tarifas e à Ucrânia.
“O Reformista do Reino Unido parece estar na crista da onda esta manhã”, disse Keiran Pedley, diretor de política da empresa de pesquisas Ipsos. “Dito isso, com o aumento do apoio vem o escrutínio. Ao vencerem, eles precisarão mostrar que podem proporcionar a mudança que seus eleitores desejam.”
(Reportagem adicional de William James, Catarina Demony e Elizabeth Piper)
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