A monarquia espanhola enfrenta um novo impasse familiar.
A infanta Sofia, filha mais nova do rei Felipe VI e da rainha Letizia, recusou seguir os passos da irmã, a princesa Leonor, e rejeitou o treinamento militar obrigatório para membros da família real com aspirações ao trono.
Aos 18 anos recém-completados, Sofia afirmou que deseja trilhar seu próprio caminho. De acordo com o portal português Flash!, a jovem demonstra interesse em cursar Relações Internacionais ou Direito. Atualmente, estuda o Ensino Médio no País de Gales, o que tem contribuído para sua crescente autonomia.
Leonor, por outro lado, já iniciou a formação militar exigida pela tradição monárquica, mas enfrenta a oposição da mãe. A rainha Letizia, preocupada com o bem-estar da filha, teria solicitado uma trégua no treinamento, o que provocou desentendimentos com o rei Felipe VI, defensor da continuidade dos ritos da Casa Real.
Agora, é Sofia quem desafia os pais.
Ela pretende manter a liberdade conquistada no exterior e não planeja viver no Palácio de Zarzuela. Segundo a imprensa espanhola, a jovem não aceita a ideia de ficar relegada a um papel secundário na monarquia, como aconteceu com as tias, Elena e Cristina.
Fontes próximas à família indicam que Sofia está decidida a não abrir mão do anonimato e da vida longe dos protocolos reais. Sua postura reabre discussões sobre o papel dos membros da realeza fora da linha direta de sucessão e sobre os limites entre dever e escolha pessoal dentro da instituição monárquica.
Enquanto isso, a rainha Letizia tem enfrentado críticas por seu estilo controlador. Durante a viagem de Leonor no navio-escola Juan Sebastián Elcano, parte de sua formação na Marinha, Letizia teria telefonado insistentemente à embarcação, preocupada com os enjoos frequentes da filha.
A atitude gerou desconforto entre os militares, levando a coroa a apresentar um pedido formal de desculpas aos comandantes da missão. O episódio repercutiu negativamente na imprensa e contribuiu para o desgaste da imagem da rainha.
Essas tensões internas expõem as dificuldades da monarquia espanhola em conciliar tradição e modernidade. Em um cenário de crescente busca por autonomia pessoal, as decisões das jovens herdeiras podem redesenhar os rumos da instituição nos próximos anos.
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