Pais atípicos denunciam falta de assistência de planos de saúde

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Protesto em frente à Câmara denunciou a falta de assistência (Foto: Leonardo Costa)

Na tarde desta terça-feira (12), pais, mães e responsáveis de crianças e jovens com transtornos do neurodesenvolvimento realizaram um protesto, em frente à Câmara Municipal de Juiz de Fora, denunciando falta de assistência dos planos de saúde a clientes que realizam tratamentos voltados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo.

As principais reclamações citam falta de capacitação dos profissionais nos centros de terapia próprios dos planos de saúde, alta rotatividade desses profissionais, que impede a criação de um vínculo necessário aos pacientes, uma demanda alta que não consegue ser suprida, falhas nos diagnósticos, e o longo intervalo entre sessões de terapia, que também interfere no pleno desenvolvimento de cada quadro.

Vários casos precisaram ser levados à Justiça, com recursos dos planos de saúde, levando à suspensão de tratamentos em clínicas particulares que antes eram cobertas e deixaram de ter assistência.

Audiência pública

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Tema foi debatido em audiência pública na Câmara Municipal (Foto: Leonardo Costa)

Representantes da Unimed, Sabin Sinai e Plasc foram convocados para uma audiência pública realizada na Câmara logo em seguida, mas não compareceram. A Tribuna entrou em contato com as empresas, no entanto, não recebeu resposta até o momento.

No evento, Nilson Ferreira Neto, coordenador do Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon), relatou que, em apenas três dias, o órgão recebeu 105 reclamações. Elas envolvem limitação de sessões, aumento exorbitante do preço, recusa de atendimento, atendimento inadequado, descredenciamento de clínicas, negativa de cobertura de profissionais de apoio em escolas, negativa de prescrições médicas, e sessões de fonoaudiologia e psicoterapia por áudio.

Ele esclarece que a situação “gravíssima” é prevista pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), pois, se um plano de saúde promete atendimento adequado, precisa cumprir, ou pode ser considerado uma propaganda abusiva.

De acordo com Dr. Antônio Aguiar (União), vereador que solicitou o encontro, o primeiro passo dado pelos parlamentares após isso será iniciar um processo administrativo contra os planos.

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