Têm som? Assim soam as auroras boreais da Estação Espacial Internacional

Do céu, da Terra e do espaço? As auroras boreais têm som e estão gravadas em vídeo. Cientistas que as observam a partir da superfície do planeta as têm ouvido, especialistas que viajam pelo ar também testemunharam o fato. E este material audiovisual capturado da Estação Espacial Internacional da NASA (ISS, em inglês), registra o resultado das ondas eletromagnéticas colidindo com nossa atmosfera.

É muito semelhante ao som do vento e faz todo o sentido do mundo, porque as tempestades da estrela massiva expulsam precisamente ventos solares.

Os sons da aurora boreal começaram a ser estudados por volta do início da década de 1990. Após relatos de testemunhas que diziam sentir uma vibração ou um “cascata ao longe” quando ocorriam, cientistas da Universidade Aalto, com sede na Finlândia, viajaram para as regiões das auroras boreais para confirmar que o som vinha das “Luzes do Norte”.

“A aurora boreal ocorre quando partículas carregadas pelo Sol colidem com a atmosfera da Terra e nosso campo magnético as direciona para os polos. Por isso se fala em aurora boreal para o Polo Norte e austral para o Sul.”

Com este elemento em consideração, os cientistas da universidade finlandesa afirmam que o som das auroras boreais vem da sensibilidade no campo magnético da Terra.

Não só isso, mas também criaram um modelo que consegue prever, com 90% de eficácia, quando o som vai ocorrer.

“Usando os dados geomagnéticos, que foram medidos de forma independente, é possível prever com 90% de precisão quando ocorrerão os sons das auroras em minhas gravações”, diz um comunicado da universidade, conforme relatado pela National Geographic.

Em poucas palavras, o choque dos ventos solares com o campo magnético, além de causar o espetáculo de luzes, também gera som.

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