Dividendos globais atingem recorde para um tri; veja maiores pagadoras do mundo

Dividendos em dólar. (Foto: Freepik)

Nunca se pagou tantos dividendos no mundo em um único trimestre quanto em 2024. De janeiro a março, empresas globais distribuíram o valor recorde de US$ 164,3 bilhões, revela a 42ª edição do Índice Global de Dividendos, elaborado pela gestora britânica Janus Henderson, divulgado nesta quinta-feira (23).

Microsoft e Apple passaram a ser figurinhas carimbadas no ranking, e não foi diferente neste começo de ano. Ambas as empresas de tecnologia não só voltaram a figurar o top 10 como também subiram de posição em relação ao mesmo período de 2023.

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Já a Petrobras (PETR4), antes com presença cativa, fica mais uma vez de fora da lista de maiores pagadoras. No primeiro trimestre, pela metodologia adotada no estudo, a estatal ficou em segundo lugar no Brasil, atrás da Vale (VALE3).

A Microsoft (MSFT) pulou da sexta posição para a quarta, após pagar US$ 5,57 bilhões aos seus acionistas entre janeiro e março deste ano. Já a Apple (AAPL) subiu da nona posição para a oitava de um ano para o outro, com uma distribuição de US$ 3,71 bilhões,

Em 2023, Microsoft e Apple ocuparam os dois primeiros lugares como as maiores pagadoras de dividendos do mundo. Porém, como o levantamento considera apenas os valores pagos entre janeiro e março, as posições podem variar bastante ao longo dos trimestres.

O top 3 do ranking é formado por outros nomes clássicos entre as “vacas leiteiras” internacionais. Em primeiro e segundo lugar estão duas companhias suíças: a Novartis (N1VS34), com US$ 8,56 bilhões distribuídos, e a Roche, com US$ 7,59 bilhões. Na sequência aparece a gigante americana do varejo Costco (COST), com pagamento de US$ 7,11 bilhões.  

Embora a Suíça esteja no topo, o país com maior volume de distribuição de proventos por suas empresas é, de longe, os Estados Unidos.

Correndo pelas beiradas

Outras empresas também ajudaram a incrementar o volume recorde de dividendos. Um deles é a Meta (META). A empresa de tecnologia pagou dividendos aos seus acionistas pela primeira vez neste primeiro trimestre, um total de US$ 1,1 bilhão que o relatório considera “modesto”, mas que “foi suficiente para acrescentar dois terços de um ponto percentual ao crescimento dos dividendos dos EUA neste ano e mais de um quarto de ponto percentual para a taxa global”. 

Outra surpresa foi a Disney (DIS), que restaurou os seus dividendos pela primeira vez desde a pandemia. 

Fora da terra do Tio Sam o destaque ficou para duas empresas: Alibaba (BABA34)e Novo Nordisk (N1VO34). Alibaba, assim como a Meta, distribuiu dividendos pela primeira vez neste primeiro trimestre de 2024, destacando-se no período também porque companhias chinesas não costumam remunerar nesta época do ano. Mas o resultado chama atenção: em sua estreia no mundo dos dividendos, a empresa já figura no 20º lugar global, após distribuir US$ 2,6 bilhões.  

Já a dinamarquesa dona do Ozempic, Novo Nordisk, também faz sua primeira aparição no ranking da Janus Handerson, na 10ª posição global, após remunerar acionistas em US$ 3,19 bilhões nos primeiros três meses do ano.

Dividendos no mundo  

Os dividendos globais atingiram um recorde histórico no primeiro trimestre, de US$ 339,2 bilhões. O crescimento foi de 2,4%, descontando o pagamento de valores especiais, que foram menores no período. Globalmente, 93% das empresas que fazem pagamentos no primeiro trimestre aumentaram seus dividendos ou os mantiveram estáveis, aponta o estudo. 

Os números ficaram em linha com as expectativas da Janus Henderson, e a gestora avalia que o resto do ano promete um progresso constante. A casa não alterou sua projeção de US$ 1,72 trilhão de pagamentos totais no acumulado de 2024, alcançando um aumento anual de 3,9%. 

Confira as maiores pagadoras de dividendos do mundo:  

  1. Novartis – US$ 8,56 bilhões  
  1. Roche – US$ 7,59 bilhões 
  1. Costco – US$ 7,11 bilhões 
  1. Microsoft – US$ 5,57 bilhões 
  1. BHP – US$ 5,21 bilhões  
  1. Siemens – US$ 4,03 bilhões  
  1. Exxon Mobil – US$ 3,77 bilhões 
  1. Apple – US$ 3,71 bilhões 
  1. Commonwealth Bank – US$ 3,35 bilhões  
  1. Novo Nordisk – US$ 3,19 bilhões  

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