Operação prende policiais em penitenciária de JF e cumpre 63 mandados em MG e no Rio

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Foto: Divulgação / MPMG

Servidores do complexo penitenciário de Juiz de Fora são alvos de mandados de prisão na manhã desta terça-feira (11), em ações na esteira da Operação Tabernus – que visa o combate à corrupção no sistema prisional mineiro. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) estão sendo cumpridos 27 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, mandados de sequestro de veículos e de indisponibilidade financeira no importe de R$ 13.362.960,80 em oito cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro. 

A operação tem como objetivo desarticular grupos criminosos responsáveis por corrupção e tráfico de drogas dentro das unidades prisionais. A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora de forma articulada com as Polícias Penal, Civil, Militar e Rodoviária Federal.

A Tribuna constatou, de antemão, por fontes sigilosas, que um dos focos da operação na cidade é a Penitenciária José Edson Cavalieri (Pjec). No local, nove policiais já teriam sido presos até o momento.

A Tabernus mira tanto servidores da Zona da Mata Mineira, das cidades de Juiz de Fora, Cataguases e Goianá, quanto do Rio de Janeiro, da capital, São Gonçalo, Angra dos Reis, Mangaratiba e Três Rios. 

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Cerca de 300 policiais das forças de segurança pública atuam nesta manhã na Operação Tabernus (Foto: Divulgação / MPMG)

Segundo o Ministério Público estão sendo investigados crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro envolvendo crimes praticados dentro das unidades prisionais por agentes de segurança pública, servidores administrativos das unidades prisionais, traficantes de drogas, presos e pessoas com vínculos familiares e sociais com esses grupos.

“A articulação desse grupo criminoso permite a entrada de drogas, equipamentos de comunicação e objetos ilícitos para dentro de unidades prisionais, onde são comercializados de maneira ilícita por valores muito superiores aos negociados extramuros”, disse o MP em nota.

Além de aproximadamente 300 policiais das forças de segurança pública, a operação conta o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), de agentes e servidores do Gaeco-RJ, da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, agentes e servidores dos Gaecos de Juiz de Fora e Visconde do Rio Branco e promotores de Justiça.

Tabernus, em latim, significa bota, maneira como os policiais penais são denominados na massa carcerária.

A matéria está em atualização. 

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