3 X Flávio Venturini: EP e apresentações em BH

O cantor e compositor Flávio Venturini lança o EP “Telepatia”, em parceria com Ricardo Bacelar, e sobe aos palcos de BH a bordo de dois projetos

Patrícia Cassese | Editora Assistente

Comemorando, este ano, quatro décadas de trajetória, o cantor, compositor, pianista e tecladista Flávio Venturini segue ofertando novidades ao seu séquito de fãs. Basta entrar no Instagram do artista para se dar conta dos vários projetos e eventos que envolvem o nome dele neste momento. A começar do EP “Telepatia”, que aportou recentemente nas plataformas de streaming. Trata-se do fruto da primeira colaboração entre Venturini e o multi-instrumentista, cantor e produtor Ricardo Bacelar. O disco traz três canções, incluindo a inédita “Samba Saudade”, primeira parceria dos dois, com a colaboração do letrista Murilo Antunes.

A agenda do artista prevê, neste mês de junho, a participação em um projeto gigante e, tal qual, em um show dividido com o cantor Daniel Lima, dedicado ao repertório dos Fab Four – mas não só. Primeiramente, na quinta-feira, dia 20 de junho, o Centro Cultural Unimed-BH Minas recebe “Beatles na Esquina”, show no qual Lima convida Venturini para, como o nome do show já indica, render homenagem tanto aos Beatles quanto ao Clube da Esquina. Na outra semana, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, ele integra o panteão de ícones convocados para o concerto “As Cores do Clube da Esquina”. O espetáculo está marcado para os dias 26 e 27 de junho, às 21h.

“Telepatia”

Sobre o EP, Flávio Venturini conta, ao Culturadoria, que conheceu o maestro, pianista e compositor Ricardo Bacelar durante um jantar na casa dele, em Fortaleza, através de um amigo comum. “Daí, veio o convite para gravar para o selo dele, que, vale dizer, trabalha com música de muita qualidade. Aliás, o estúdio dele é sensacional. Portanto, foi um período muito proveitoso”, diz o mineiro, que, para tal, passou cinco dias no Ceará. Ricardo, vale dizer, foi integrante da banda Hanói-Hanói, nos anos 1980 e 90.

“Gostei de imediato da maneira como ele trabalha, como prestigia os artistas. O Ricardo já trabalhou com grandes nomes da música brasileira, foi muito bacana participar desse encontro”, pontua Venturini. O mieniro conta que, a princípio, os dois iriam gravar apenas uma canção, na qual Ricardo inclusive participou como autor: “Samba Saudade”. “Mas, chegando lá, e vendo todo o aparato que ele tem, as facilidades, as músicas excelentes… Vimos que a gente poderia ir além – e, assim, gravamos mais duas músicas”, relembra. Ricardo acrescenta: “Houve uma sintonia muito boa de trabalho”.

Flávio Venturini e Ricardo Bacelar, que lançaram o EP "Telepatia" (Nicolas Gondim/Divulgação)
Flávio Venturini e Ricardo Bacelar, que lançaram o EP “Telepatia” (Nicolas Gondim/Divulgação)

Parceria

Ricardo Bacelar também fala da feitura de “Samba Saudade”. “Na verdade, o Flávio já tinha a primeira parte da música feita com a letra. Daí, a gente trabalhou esse material no estúdio. Assim, fiz a segunda parte, apresentei ao Flávio, e ele gostou muito. E o Murilo Antunes colocou mais um pedaço de letra”. Não bastasse, Venturini convocou o guitarrista, compositor e produtor musical argentino (radicado no Brasil desde os anos 1970) Torquato Mariano. Assim, gravaram também “Telepatia”. “Uma canção minha e do Jorge Vercillo, que já havia sido gravada pela cantora Ive”.

Tal qual, também entrou, no EP, uma canção que Venturini compôs muitos anos atrás. “Quando eu morava no Rio. Foi no meu sítio que fiz essa música, chamada ‘Lareira’, que gosto também de sempre registrar”. A gravação de “Lareira” traz ainda a participação de Maria Bacelar e Sara Bacelar nos vocais. O EP conta, ainda, com Robertinho Marçal na bateria, Hoto Júnior na percussão e Nélio Costa no contrabaixo.

“As Cores do Clube das Esquina”

Um show que o próprio Toninho Horta definiu como “um evento inusitado chegando pelas montanhas”. Trata-se do espetáculo (ou mega espetáculo) “As Cores do Clube da Esquina”. A partir de um formato inédito, estarão, no palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, nomes fundantes do movimento musical. Ou seja, além de Flávio Venturini, Lô Borges, Beto Guedes e Toninho Horta. E, ainda, artistas confessadamente influenciados pelo cancioneiro mineiro – como Seu Jorge, Mônica Salmaso, Joyce Moreno, Fernanda Takai e Céu. O concerto traz orquestração de Wagner Tiso e regência de Eliseu Barros. Os arranjos, direção musical e artística, por sua vez, são de Robertinho Brant.

Montagem feita a partir de fotos dos artistas que participação do concerto (Reprodução do banner/enviado pela assessoria de imprensa João Marcos Veiga)
Montagem feita a partir de fotos dos artistas que participação do concerto (Reprodução do banner/enviado pela assessoria de imprensa do evento, João Marcos Veiga)

No repertório, canções como “Um Girassol da Cor do seu Cabelo”, “Um Gosto de Sol”, “Nascente” e “O Trem Azul”, entre outras não menos importante. A banda traz os mineiros Beto Lopes (violão e guitarra), Enéias Xavier (baixo) e Lincoln Cheib (bateria). A eles se juntam, ainda, Rafael Vernet (piano), Marco Lobo (percussão) e Pedro Martins (guitarra). Nos backing vocals, Bárbara Barcellos e Tutuca. E tem mais: o concerto contará com uma orquestra sinfônica montada especialmente para a ocasião. A formação reúne 12 violinos, seis violas, quatro cellos, três contrabaixos, dois clarinetes, dois oboés, um fagote, quatro trompas, dois trombones e dois trompetes.

O show acontece nos dias 26 e 27 de junho (quarta e quinta-feira), às 21h. Ingressos a partir de R$ 95 (meia-entrada, plateia superior). 

Beatles na Esquina

A ideia do show “Beatles na Esquina”, outro evento do qual Venturini participa, surgiu de um projeto de Daniel Lima, no qual ele e Beto Guedes regravaram a clássica canção “The Long and Winding Road”. “A partir do que foi criado no dueto com Beto, percebemos o potencial do tema e da união desses dois mundos musicais. Um dos objetivos foi trazer à luz como se deu essa grande influência dos Beatles sobre a música mineira e o Clube da Esquina. Pois é algo que se sente, mas que nem sempre é falado ou explicado”, explica Lima, no material de divulgação do evento.

Daniel Lima, que divide o palco com Venturini em "Beatles na Esquina" (Fernanda Lassi/Divulgação)
Daniel Lima, que divide o palco com Venturini em “Beatles na Esquina” (Fernanda Lassi/Divulgação)

A apresentação de Lima e Venturini acontece na quinta-feira, dia 20 de junho, a partir das 20h, no palco do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Ingressos: R$ 100 e R$ 50 (inteira e meia entrada setor I) e R$ 60 e R$ 30 (inteira e meia entrada setor II). Vendas: Sympla. Em tempo: antes de BH, o show passa por Ouro Preto (dia 14) e Divinópolis (dia 16).

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