Me Gusta Xagusta lança ‘Linha vermelha’

Me Gusta Xagusta caminha para o lançamento do segundo álbum da banda, “Mãe”, que tem a previsão de ser lançado ainda neste ano, em dezembro. Como forma de antecipar o trabalho que vem sido feito, foi lançado, na última semana, o single “Linha vermelha” já disponível nas plataformas digitais.

Depois dos singles “(In)visível” e “Calos”, de 2017, e o álbum “Arriba, o menino que queria ser um foguete”, de 2019, Me Gusta Xagusta volta aos lançamentos com “Linha vermelha”, agora como uma banda virtual, como definem. A faixa foi gravada por Gustavo Xavier na voz, na guitarra e no violão; Eduardo Yroxe na percussão; Lucas Guida, no baixo e, nos backings, Tata Rocha, Eduardo Yroxe e Daniela Zorzal. A produção é de Henrique Villela.

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Escrita por Gustavo Xavier, “Linha vermelha” traz uma série de referências para falar sobre o Rio de Janeiro, sobretudo as milícias, tendo como cenário a Linha Vermelha. “A música é o resultado da digestão do rancor e do pavor da situação passada em um caldeirão de sentimentos tipicamente mineiros – não aquele do fogão a lenha, mas o que pode acontecer no outro dia, depois de colocar o ‘Jeep na estrada’ (fazendo referência à música de Milton Nascimento) para pegar uns dias de praia (e todo mundo sabe que mineiro ama praia)”, conta.

Referências da Me Gusta Xagusta

Em um dos momentos, a letra, como um lamento, diz: “Desculpa, Rio. Desculpa, Gil”. Ainda de acordo com Gustavo Xavier, esse trecho é um diálogo com “Aquele abraço”, canção de Gilberto Gil que entoa, entre outras coisas, “O Rio de Janeiro continua lindo”. “O pedido de desculpa é na verdade uma licença para falar de um outro lado da cidade do Rio de Janeiro, sem distorcer o sentido nostálgico expresso por Gil, quando foi exilado na época da ditadura e já sentia saudade. A vontade de registrar a referência do artista nesta ou em qualquer música da banda Me Gusta Xagusta, também se fez valer para que ‘Linha Vermelha’ carregasse literalmente um pedacinho de Gilberto Gil.” Além do músico baiano, a canção ainda referencia canções de Cazuza.

Apesar de abordar temas sensíveis e assuntos sobre a violência e a política, Gustavo Xavier afirma que se preocupa, ainda, em transmitir outros tipos de mensagens para que as crianças sejam abarcadas. Um dos mecanismos utilizados foi o desenho animado. “Os desenhos animados e os temas transcendentais sobre ‘não violência, ‘liberdade religiosa e filosófica’ e as coisas do mundo invisível estão contidos em todo o trabalho da banda, e não será diferente no nosso próximo álbum”, finaliza.

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