Sóstenes Cavalcante, o Mauro Cid de Malafaia. Por Adriano Viaro

Malafaia e seu pau mandado Sóstenes Cavalcante

Principal autor do PL do Estupro, Sóstenes Cavalcante é uma espécie de ajudante de ordens de Malafaia. Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado do PL do RJ atua no Congresso como olhos e mãos do vendilhão da fé, presidente da AVEC (Assembleia de Deus Vitória em Cristo).

Negacionista como todos os colegas, usou e fez propaganda do uso de cloroquina, mas acabou internado por causa da COVID-19. Na última semana, lançou mão de fake news à lá Olavo de Carvalho, dizendo que indústrias de cosméticos usam fetos abortados em sua linha de produção.

Embora a Folha de S.Paulo tenha afirmado tratar-se de um “herdeiro de Eduardo Cunha”, Sóstenes sempre foi pau mandando de Silas Malafaia – que apoiou e recebeu Cunha em grande comício da Marcha para Jesus. Ou seja, a proximidade de Sóstenes com Cunha era cumprimento da agenda de Malafaia. Uma típico marionete medieval.

Malafaia já pensa na fabricação de um novo fantoche a partir do momento em que Sóstenes, em terceiro mandato, viu seus eleitores diminuírem de 104 mil para pouco mais de 60 mil. Será descartado pelo vendilhão, tão logo o pastor consiga substituí-lo como forma de manter uma cadeira indireta no Congresso. Malafaia é o articulista do pilar fundamentalista do bolsonarismo, enquanto Sóstenes é apenas um office-boy do sujeito.

Em 2022, Sóstenes se envolveu em uma morte de trânsito. Dirigindo um veículo alugado, atingiu uma camionete na cidade de Cristalina (GO). A vítima, Irma Diniz da Cruz, de 81 anos, morreu dias depois por politraumatismo e traumatismo craniano grave. A imprensa não noticiou e o MPF não foi acionado. O deputado confirmou o acidente e afirmou ter dado apoio à família da vítima. O caso foi abafado.

O recuo de Arthur Lira em relação ao PL do estupro enfraquece Sóstenes – que afirmou ter iniciado a celeuma para “testar Lula” – mas não causa efeitos negativos na cruzada fundamentalista da bancada evangélica.

Sóstenes tem os dias contados — e por isso fica mais e mais histérico, como determina o chefe. Até ser descartado, vai fazer muito estrago no Brasil. Como no caso de Mauro Cid, um dia ainda contará os podres do chefão à Polícia Federal.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.