PF marca novo depoimento de Mauro Cid após ouvir Freire Gomes

Mauro Cid. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) já agendou um novo depoimento de Mauro Cid, o ex-assistente pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A oitiva está marcada para ocorrer na próxima segunda-feira (11).

Nesse novo interrogatório, Cid será questionado não apenas sobre depoimentos anteriores, mas principalmente sobre o que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, revelou durante sua oitiva de oito horas na última sexta-feira.

Entre os pontos que serão abordados, está a confirmação feita por Freire Gomes de que Bolsonaro convocou uma reunião no Palácio da Alvorada em dezembro de 2022. O objetivo, nesta reunião, segundo o militar, era justamente discutir detalhes sobre uma minuta que contemplava a realização de novas eleições e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, segundo informações da coluna de Lauro Jardim no Globo, enfatizou que seu cliente nunca omitiu nenhum fato em sua delação. Segundo ele, Cid está disposto a falar sobre tudo que for questionado.

“Esquecer, ele pode ter esquecido, afinal são cinco anos passados a limpo. Mas omitir, nunca. Se perguntar, ele fala”, disse.

Colaboração premiada

Como parte do acordo de colaboração premiada, Mauro Cid deve fornecer mais detalhes sobre o envolvimento de Bolsonaro no suposto plano golpista, que tinha como objetivo mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, ele será questionado sobre se Bolsonaro orientou a manutenção de acampamentos que pediam uma “intervenção militar” – ex-presidente nega qualquer ato contra a democracia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid. (Foto: Reprodução)

Cid não pode mentir durante o depoimento, pois isso pode acarretar o cancelamento do acordo de colaboração. Antes de optar pela delação, ele ficou preso preventivamente por cinco meses, por decisão de Moraes.

Vale lembrar que Cid também será questionado sobre a participação de outros militares da cúpula das Forças Armadas na discussão do plano golpista. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra 16 militares, incluindo generais e ex-ministros, com base em mensagens e declarações do ex-ajudante de ordens.

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