
A ex-deputada Cidinha Campos afirma que era ameaçada de morte constantemente por Domingos Brazão, preso neste domingo (24) por suspeita de mandar matar Marielle Franco. A ex-parlamentar, que teve cinco mandatos na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), conta que ele falava “eu vou te matar, sua filha da p*ta” quando passava por ela.
“Fui fazendo um histórico desse homem, que já deveria estar na cadeia há muito tempo. Ele é um bandido perigoso e nunca ninguém ligou para isso. Ele passava por mim e dizia: ‘Eu vou te matar, sua filha da puta’. Era um prazer dele ameaçar pessoas”, afirmou em entrevista à coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
Cidinha diz que ele “era muito agressivo”, mas “fingia ser bom moço”, e que as ameaças foram feitas após ela sugerir uma emenda para afastar deputados processados por corrupção em mandatos anteriores. A ex-parlamentar afirma que tentou denunciá-lo, mas que “as pessoas têm dificuldade de acreditar”.
Ela conta que fez denúncias de corrupção contra o ex-colega no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e ao Ministério Público, mas foi ignorada. “Eu entreguei no um monte de denúncias contra o Brazão e ninguém fez nada. Que bom que fizeram agora”, prossegue.
Ela foi a maior adversária de Brazão na Alerj e afirma que andava armada para tentar se proteger. Durante a entrevista, ela afirmou que esse seria seu “último recurso” e que queria resolver o problema com ele “na política”.
“A gente tem que resolver a política com política e começa com o voto. Quem é que vota num bandido desses?”, afirma a ex-deputada. Ela diz que “a família dele é uma gangue”.