No El País, Lula diz que “paz é privilégio” e alerta para aumento “preocupante” da extrema direita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Reprodução)

Em artigo publicado nesta quarta-feira (6) no maior jornal da Espanha, o El País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a paz “continua a ser um privilégio de alguns”, além de alertar sobre o aumento “preocupante” da extrema direita no mundo. O atual chefe de Estado brasileiro também destacou que nos últimos anos “um modelo econômico excludente tem concentrado renda e ampliado as disparidades”, criando “terreno fértil para o extremismo”:

(…) Num mundo que gasta 2,2 biliões de dólares por ano em armas, a paz continua a ser um privilégio de alguns, enquanto as guerras causam destruição, sofrimento e a morte de inocentes. Num mundo que produz riqueza no valor de 105 biliões de dólares por ano, mais de 735 milhões de pessoas ainda não têm nada para comer.

Nas últimas décadas, um modelo econômico excludente concentrou o rendimento e aumentou as disparidades. A desigualdade se tornou um terreno fértil para o extremismo. Quando a democracia não consegue garantir o bem-estar dos cidadãos, prosperam figuras que vendem soluções simplistas para problemas complexos, semeando a desconfiança no processo eleitoral e nas instituições políticas.

Enfrentamos um aumento preocupante da extrema direita e dos seus instrumentos tradicionais de desintegração social: autoritarismo, violência, insegurança laboral, negação climática, discurso de ódio, xenofobia, racismo e misoginia. Felizmente, as nossas sociedades optaram por governos que acreditam que a chave para responder aos ataques à democracia é melhorar a vida das pessoas.(…)

Presidente Lula e líderes no G20. (Foto: Reprodução)

(…)Durante a presidência brasileira do G-20, lançaremos uma Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, mobilizando recursos para a implementação de políticas de comprovada e comprovada eficácia. Defenderemos a criação de um imposto global sobre os bilionários. Proporemos iniciativas para garantir um trabalho digno. Promoveremos uma transição justa para uma economia de baixo carbono, de modo a garantir que a COP30, que sediaremos no coração da Amazônia, resulte em soluções eficazes para o planeta.(…)

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