Victoria Nuland, arquiteta da crise na Ucrânia, deixa o governo dos EUA

Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, irá se aposentar e deixar o cargo ainda este mês, conforme anunciado nesta terça-feira pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

De acordo com a CNN, Julianne Smith, atual embaixadora dos EUA na OTAN, é a indicada para substituir Nuland. Enquanto isso, John Bass, subsecretário de Estado para Gestão, foi convidado a atuar como subsecretário interino, conforme declarado pelo Secretário de Estado, Antony Blinken.

A diplomata americana desempenhou um papel crucial na resposta dos EUA à guerra na Ucrânia, frequentemente criticada por suas opiniões sobre a Rússia. Nuland trabalhou na embaixada dos EUA em Moscou durante a década de 1990, durante a dissolução da União Soviética, e estava na cidade durante a tentativa de golpe contra o ex-presidente russo Boris Yeltsin.

Posteriormente, tornou-se embaixadora do país na OTAN, antes de ser nomeada porta-voz do Departamento de Estado durante o primeiro mandato do ex-presidente Barack Obama, sob o comando da então secretária Hillary Clinton.

Barack Obama e Hillary Clinton na Convenção Nacional Democrata. Foto: Alex Wong/Getty

Nuland serviu ainda como Secretária de Estado adjunta para a Europa durante a administração Obama, mas deixou o cargo após a eleição de Donald Trump em 2016. Retornou ao governo americano na presidência de Joe Biden, como subsecretária de Estado para Assuntos Políticos.

Em 2014, durante a Revolução de Maidan na Ucrânia, ficou conhecida por sua declaração “Que se dane a UE!” durante uma conversa telefônica com o embaixador americano no país, Geoffrey Pyatt, que foi vazada no YouTube. Nuland criticava a hesitação da Europa em relação aos protestos pró-democracia.

Até meados de fevereiro, atuou como vice-secretária de Estado interina, após a saída de Wendy Sherman em julho do ano anterior. No comunicado publicado nesta terça-feira, Antony Blinken elogiou Nuland como “verdadeiramente excepcional”, destacando que sua “liderança na Ucrânia” será estudada por diplomatas e estudantes de política externa nos próximos anos.

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