Cassação: saiba como será o julgamento de Sergio Moro no TRE-PR

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: reprodução

As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que buscam a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) terão início às 14h desta segunda-feira (1º), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), em Curitiba, de forma presencial.

Além desta segunda-feira, o TRE também reservou a quarta-feira (3) e o dia 8 de abril para o julgamento dos processos. A data exata da conclusão dependerá da velocidade dos votos da corte, podendo durar os três dias programados ou ser concluído antes, conforme informações do G1.

Sérgio Moro, que ingressou na política após ganhar destaque nacional como juiz responsável pelos processos da Lava Jato, é acusado de abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022, tendo sido eleito com 1,9 milhão de votos.

Ambas as ações contra Moro têm conteúdo semelhante e serão julgadas em conjunto pela corte, após pelo menos duas alterações de data.

Os processos foram movidos pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCDOB/PV) em novembro e dezembro de 2022. Em dezembro de 2023, a Procuradoria Regional Eleitoral emitiu parecer favorável à cassação de seu mandato.

Durante o curso dos processos, o senador negou as acusações. Em dezembro de 2023, ao prestar depoimento presencial no TRE, Moro afirmou que as acusações são levianas e que agiu “segundo as regras”.

A equipe de Moro, no entanto, não confirmou se o senador participará do julgamento.

O julgamento

Para o julgamento dos processos contra Moro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou 70 lugares para o público interessado em acompanhar as sessões presencialmente, mediante cadastro prévio.

No julgamento, a corte contará com a presença de sete membros, incluindo o Desembargador Sigurd Roberto Bengtsson como presidente, o Desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza como relator, a Desembargadora Claudia Cristina Cristofani como juíza federal efetiva, e outros magistrados e advogados efetivos.

Durante a sessão, serão debatidos diversos pontos, incluindo as considerações do relatório do desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, que reúne as denúncias contra Moro, as manifestações feitas ao longo dos processos e as defesas apresentadas.

Ao final dos trabalhos, todos os membros votarão, pois os processos envolvem possível perda de mandato. Em situações sem essa especificidade, o presidente só votaria em caso de empate.

Independentemente da decisão tomada pelo tribunal paranaense, ela poderá ser objeto de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As ações

Além de Sérgio Moro, seus suplentes, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, também são alvo dos processos em questão.

Uma das ações acusa o senador de “desequilíbrio eleitoral causado pela irregular pré-campanha […]”, desde o momento de sua filiação partidária até sua pré-candidatura à presidência e sua subsequente eleição como senador pelo União Brasil.

“Os investigados orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente”, sustenta a ação.

A outra ação levanta indícios de que Moro utilizou recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construir e promover sua imagem como pré-candidato em 2022.

A ação também diz que há indicativos de que, junto ao suplente Luis Felipe Cunha, “realizaram triangulação de valores do fundo partidário e do fundo eleitoral também entre os dois partidos políticos pelo qual ele foi pré-candidato”.

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