Arrecadação e grandes decisões de juros no Brasil e nos EUA: o que olhar na semana

Corredor passa em frente ao prédio do Federal Reserve em Washington (REUTERS/Chris Wattie)

Na última semana, o mercado acompanhou os dados de inflação tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil influenciarem as apostas sobre os cortes de juros pelo Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve (Fed) e pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Agora, finalmente chega o momento que as decisões serão conhecidas.
O destaque da semana, sem dúvidas, fica para os dois anúncios na “Super Quarta”. Se no Brasil os membros da diretoria do Banco Central já entraram em período de silêncio e não há mais nenhuma indicação desde quarta-feira sobre os rumos da política monetária, lá fora, as apostas se alteraram radicalmente na sexta-feira.

De acordo com a ferramenta do CME Group, FedWatch, as probabilidades de cortes de 0,25 p.p. e 0,50 p.p. estão praticamente empatadas (47% para o corte maior contra 53% para o ajuste menor). No dia anterior, a proporção era de 28% para a taxa em um intervalo de 4,75-5,00 contra 72% para 5,00-5,25. Por aqui, o sentimento do mercado pode ser medido pelo Relatório Focus, que tem apresentado Selic em patamar mais alto para 2024 e 2025 e que será aguardado com ansiedade na segunda-feira. No mesmo dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta o Monitor do PIB.

No dia seguinte, dados econômicos serão apresentados no EUA e serão os últimos antes da decisão. Serão conhecidos os números de vendas no varejo e produção industrial, ambos com projeção de alta discreta. Depois da Super Quarta, o mercado ainda aguarda a decisão de juros no Reino Unido, na quinta, e o anúncio do Japão sobre as novas taxas por lá, na sexta. Para o Bank of Japan (BoJ), a expectativa é que a taxa permaneça em 0%.

Durante a semana, sem data certa, serão conhecidos os dados de arrecadação de impostos e contribuições pela Receita Federal aqui no Brasil. A previsão da equipe econômica do Itaú é de R$ 202,6 bilhões, com aumento anual de 12,5%. Há expectativa também de publicação do relatório fiscal bimestral. A divisão econômica sustenta que seria importante que o governo bloqueasse um adicional de R$ 10 bilhões em gastos.

“Se implementado e combinado com o escalonamento de despesas discricionárias e a execução de outras despesas obrigatórias abaixo do orçamento, o bloqueio dessas despesas garantiria o cumprimento do limite em 2024, reafirmando a credibilidade do arcabouço fiscal”, sugere o time.

Confira a agenda da semana:

Data País/Região Evento
2ª – 16 de Setembro
8h Brasil FGV: IPC-S (semanal)
8h25 Brasil BCB: Relatório Focus
10h15 Brasil FGV: Monitor do PIB (jul)
15h Brasil Secex: Balança comercial (semanal)
16h EUA Fed: Crédito ao consumidor (jul)
3ª – 17 de Setembro
5h Brasil FIPE: IPC (semanal)
8h Brasil FGV: IGP-10 (set)
10h Brasil CNI: Sondagem Industrial (set)
6h Alemanha Levantamento ZEW de sentimento econômico (set)
9h30 EUA Vendas no varejo (ago)
10h15 EUA Produção industrial (ago)
4ª – 18 de Setembro
9h Brasil IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços (jul)
18h30 Brasil Decisão de juros no Brasil
6h Zona do Euro Índice de preços ao consumidor (ago) – final
9h30 EUA Decisão de juros nos EUA
16h Argentina PIB (2º tri)
5ª – 19 de setembro
8h Brasil FGV: IGP-M (2a prévia) (set)
10h Brasil CNI: Sondagem da Indústria da Construção
8h Reino Unido Decisão de juros
9h30 EUA Índice de atividade do Fed Filadélfia (set)
9h30 EUA Pedidos de auxílio desemprego (semanal)
15h EUA Tesouro: Resultado Fiscal Mensal (ago)
6ª – 20 de setembro
1h Japão BoJ: Anúncio da taxa básica de juros
3h Alemanha Índice de preços ao produtor (ago)
11h Zona do Euro Confiança do consumidor (set) – preliminar
Na semana
Brasil Receita Federal: Arrecadação de impostos e contribuições (ago)
Alemanha Vendas no varejo (mai)
Fonte: XP, Bradesco e Investing.com

(Com Reuters)

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