Lewandowski diz que X, de Musk, está “supostamente” a serviço da extrema direita

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparou nesta sexta-feira (20) o conflito entre o bilionário Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a disputa entre o governo dos Estados Unidos e o TikTok.

Durante seminário sobre Inteligência Artificial promovido pela Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, o ministro sugeriu que o X (antigo Twitter) estaria a “a serviço de grupos de extremas direita”.

“Esse mesmo braço de ferro que os Estados Unidos estão travando com o TikTok, nós agora no Supremo Tribunal Federal, e o Alexandre de Moraes atesta, estamos travando com o X, do Elon Musk, que supostamente estaria a serviço de grupos de extremas direita, interferindo na política interna de muitos países para divulgar essa ideologia extremista”, disse Lewandowski.

Em abril, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que exige que o TikTok transfira seu controle para uma empresa norte-americana para evitar o banimento no país. No Brasil, o X está bloqueado desde o dia 31 deagosto por ordem de Moraes.

Ao comparar os dois casos, Lewandowski destacou que o TikTok foi banido nos Estados Unidos por “supostamente servir a interesses chineses”, em um momento em que a China busca expandir sua influência global. Ele também relatou que Musk não atua apenas no Brasil, mas “está na Hungria, está na Índia, está na China, ora fazendo concessões, ora fazendo repressões”.

“Esses provedores têm órgãos censórios. Então eles liberam o que podem liberar ou reprimem aquilo que eles entendem que podem reprimir. A serviço do que? A serviço do quem?”, questionou. “Vejam que são questões muito sérias que podem abalar o sistema político de muitos países”, acrescentou.

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