“Ainda Estou Aqui” chega aos cinemas no dia 7 de novembro

Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” será o representante do Brasil para tentar uma vaga nos indicados ao Oscar 2025

Após a estreia mundial no Festival de Veneza, onde recebeu o prêmio de melhor roteiro para Murilo Hauser e Heitor Lorega, o filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar 2025 de filme internacional. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, sobre a história de sua família, o filme chegará aos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro. A distribuição é da Sony Pictures.

Comemoração

Em nome da equipe do filme, Walter Salles comemorou a indicação, da Espanha, onde acompanha a participação de “Ainda Estou Aqui” no Festival de San Sebastián. O diretor aproveitou para celebrar o fato de o cinema brasileiro estar sendo “abraçado e premiado” desde o início do ano, em festivais internacionais. Assim, citou Sundance, Berlim, Cannes, Veneza, Locarno. “Vários filmes premiados são de cineastas estreantes, e não poderia haver melhor notícia para o cinema brasileiro”.

Ele acrescentou que também no documentário o Brasil está em um ano de filmes excepcionais. “Esse conjunto de filmes prova que nossa cinematografia se reergue depois de anos difíceis. Torço para que o ano que vem seja ainda melhor para o cinema brasileiro”. Confessando esperar ansiosamente pelas estreias na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio, Salles também frisou que “Ainda Estou Aqui” existe, antes de mais nada, para se relacionar com o público brasileiro.

Da mesma forma, ressaltou que “nada disso seria possível sem o livro fundamental de Marcelo Rubens Paiva e o apoio da família Paiva, que nos inspiraram constantemente nessa jornada”.

Atores

Para a atriz Fernanda Torres, protagonista do filme junto a Selton Mello, “é bonito que o Brasil tenha escolhido ‘Ainda Estou Aqui’ para representá-lo”. “Pois, depois do livro do Marcelo, este é um filme de descoberta de uma mulher extraordinária, chamada Eunice Paiva, que todos precisam conhecer. Ela é o elo entre o ontem e o agora. Todos nós, envolvidos na feitura de ‘Ainda Estou Aqui’, estamos muito comovidos com a recepção do filme”.

Sobre a indicação da Academia, Selton também compartilha: “É uma alegria poder representar o Brasil na corrida por uma vaga ao Oscar de melhor filme estrangeiro com ‘Ainda Estou Aqui’, um filme tão sensível e tão necessário”. 

Circuito de festivais

“Ainda Estou Aqui” foi exibido no último final de semana na Mostra Perlak, na 72ª edição do Festival de San Sebastián, e é, até o dia de hoje, o segundo filme mais votado do público, como divulgou o jornal Zinemaldia, publicação diária do evento. O filme também abriu a 33ª edição do Festival Biarritz Amérique Latine, na França, com a presença de Walter Salles. Em outubro, o longa será exibido na sessão Spotlight do 62º Festival de Nova York e no 68º Festival de Cinema de Londres. 

“Selton, eu e Walter formamos o ‘trio ternura’ na linha de frente de uma jornada que segue entre Europa, Estados Unidos e Brasil. Nos próximos meses, nossa perspectiva é a de fazer alguns ziguezagues sobre o Atlântico e a Costa Leste-Oeste americana para acompanhar o filme em diversos festivais. Nunca vivi isso”, comenta Fernanda Torres sobre a trajetória de “Ainda Estou Aqui”.  

No Brasil

No Brasil, o longa está sendo exibido em uma estreia limitada durante uma semana no Cine Glauber Rocha, em Salvador, com ingressos esgotados até o dia 25 de setembro. “Ainda Estou Aqui” será exibido também na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e, depois, em uma sessão especial do Festival do Rio. Em seguida, segue para o Festival de Pingyao, na China e o Festival de Zurich.   

“Ainda estou aqui” é uma coprodução Brasil e França, produzido pela VideoFilmes, RT Features e Mact Productions. Detalhe: é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração.

Sinopse

Rio de Janeiro, início dos anos 70. O?país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. O filme aponta para o centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Eles vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é?levado por militares à paisana e desaparece.?Eunice?-?cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas?-?é obrigada a se reinventar e, desse modo, a traçar um novo?futuro?para si e seus filhos.

Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” mostra como a história emocionante dessa família ajudou a redefinir a história do país. 

Confira o teaser

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