VÍDEOS: Debate termina com Marçal expulso, assessor agredido e equipes de candidatos em delegacia

O debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pelo Grupo Flow em parceria com o Grupo Nexo, da Faculdade de Direito da USP, na noite de segunda-feira (23), foi marcado por desrespeito às regras e confusão. O candidato Pablo Marçal (PRTB) discutiu com o mediador após ser advertido por usar xingamentos e apelidos pejorativos e, já durante as considerações finais, acabou expulso. Na sequência, uma briga se iniciou nos bastidores (veja no vídeo abaixo), quando um assessor de Ricardo Nunes (MDB) foi agredido. As equipes dos políticos terminaram a noite na delegacia.

🇧🇷 URGENTE: Pablo Marçal é expulso do debate do Flow News após descumprir as regras do debate e gera briga generalizada.

Um assessor do candidato Ricardo Nunes (MDB) foi agredido com um soco no rosto por um aliado de Marçal e deixou o local sangrando.

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O jornalista Carlos Tramontina, mediador do debate, explicou logo no início que estavam vetados insultos, ofensas, xingamentos e uso de apelidos pejorativos. Assim, o candidato que desrespeitasse essa medida, seria advertido por três vezes. Se ainda assim continuasse insistindo, poderia ser expulso.

Pablo Marçal passou a chamar Ricardo Nunes por um apelido, enquanto dizia que, se ele for eleito, o candidato do MDB será preso pela Polícia Federal. Mesmo sendo advertido repetidamente por Tramontina, o ex-coach continuou insistindo na mesma linha e, faltando 10 segundos para suas considerações finais, foi expulso do debate.

Enquanto isso, uma confusão começou nos bastidores, quando o marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes, Duda Lima, levou um soco do videomaker da campanha de Marçal, Nahuel Medina (veja abaixo).

🇧🇷 Imagens mostram o soco dado pelo assessor de Pablo Marçal em Duda Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes.

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Testemunhas disseram que Lima riu enquanto Marçal discutia com o mediador e, irritado, Medina partiu para cima do assessor de Nunes e o agrediu. Imagens mostram que ele ficou com ferimentos no rosto e nas mãos.

A Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos e levou Lima e Medina para o 16º Distrito Policial. Ricardo Nunes e sua equipe seguiram ao local para acompanhar o marqueteiro agredido, que depois foi levado a um hospital por apresentar tontura. Já Medina seguiu na delegacia.

Ao site G1, Tassio Renam, advogado de Marçal e coordenador jurídico da campanha, afirmou que Medina não foi detido, e que aguardava o retorno de Lima para prestar depoimento. Ele ressaltou que o assessor foi agredido primeiro por Lima, e apenas revidou em “legítima defesa”.

O caso segue em investigação no 16º DP. Não há detalhes se os envolvidos foram liberados após os depoimentos.

Confusão antes do início

Mas a troca de farpas entre Marçal e Nunes começou antes do debate. Na chegada, enquanto eles se cruzaram pelos bastidores, o ex-coach gritou que iria colocar o candidato do MDB “na cadeia em 2025″ e ainda voltou a apelidar o atual gestor como “tchutchuca do PCC”.

Nunes rebateu dizendo que “quem prende é a polícia” e ainda chamou Marçal de “condenadinho”.

O próprio Marçal divulgou o vídeo com o encontro dos dois nas redes sociais (veja abaixo).

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Uma publicação compartilhada por Pablo Marçal | Conta reserva oficial (@pablomarcalporsp)

O debate

O debate teve cerca de duas horas de duração, com três blocos de perguntas e respostas e um com as considerações finais. Além de Marçal e Nunes, estiveram presentes os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB).

Apesar de estarem lado a lado, pelas regras, nenhum deles fez perguntas diretas para os adversários. Todos os questionamentos sobre saúde, educação, segurança pública, acessibilidade, transporte e população em situação de rua foram feitas por especialistas e eleitores.

Durante as respostas, os candidatos Boulos, Datena e Marçal pediram direitos de respostas, mas apenas a solicitação do ex-coach foi concedida.

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