Stuhlberger assume mais áreas na Verde após demissões e revisão de estratégia

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A Verde Asset Management reduziu o seu quadro de funcionários em quase 20%, passando de 74 posições para 60. As demissões teriam ocorrido na véspera e fazem parte de uma reestruturação maior da gestora, de acordo com informações do Brazil Journal – confirmadas pelo InfoMoney.

A área de pesquisa econômica do fundo Verde – principal ativo da casa – foi reformulada, enquanto o departamento de análise quantitativa foi descontinuado. Além disso, o setor de moedas e juros passou para o comando de Luis Stuhlberger, fundador e CEO da gestora.

Com as mudanças, Stuhlberger responderá por 80% do risco do fundo, frente aos 70% de antes.

A reestruturação seria uma mudança estratégica, segundo fontes, com foco em entregar mais resultados e mais eficiência neste momento. A indústria de multimercados e de renda variável passa por dificuldades neste ano, enquanto os investimentos em renda fixa predominam com folga na carteira dos investidores.

Dados de agosto da Anbima mostram que os fundos multimercados atingiram um nível de R$ 145,5 bilhões em saídas líquidas em 2024, enquanto os fundos de renda fixa somam R$ 303,7 bilhões em ganhos no ano.

Um dos maiores nomes da indústria, Stuhlberger teria compartilhado com sócios e funcionários que o momento é desafiador. Ele acredita que a indústria de fundos se consolidará e “só quem tiver performance e uma proposta diferenciada vai sobreviver”, teria afirmado o gestor, segundo as fontes do portal.

A Verde administra R$ 21 bilhões em investimentos atualmente. Ao fim de 2021, os ativos sob gestão da empresa eram mais do que o dobro: R$ 55 bilhões.

O corte da véspera foi a segunda mudança na gestora no ano. Em maio, o gestor de estratégias de ações no Brasil e mais dois analistas tinham sido demitidos e suas funções concentradas em Stuhlberger.

Os esforços do gestor agora devem se concentrar na área de crédito privado, segundo as fontes, devido ao bom momento no mercado de capitais para esses ativos. Até então, a estratégia de alocação no segmento estava espalhada entre outras áreas e com pouco foco.

Há alguns meses, a Verde lançou um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), o Verde Ipê. O produto deve ganhar mais atenção nos próximos meses para alcançar sua meta, de R$ 1 bilhão em patrimônio líquido até outubro de 2025.

O InfoMoney entrou em contato com a Verde, que não quis se pronunciar sobre o assunto.

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