Marqueteiro de Nunes que levou soco foi citado por hacker na CPI do 8/1

O marqueteiro Duda Lima, que faz parte da campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), foi citado no relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 8 de Janeiro. Ele, que levou um soco do assessor de Pablo Marçal (PRTB), foi mencionado nove vezes no documento, segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

O hacker Walter Delgatti Neto, conhecido pela Vaza Jato, afirmou que Duda foi uma das pessoas que discutiram plano para descredibilizar as urnas nas eleições presidenciais de 2022. Na ocasião, ele era coordenador da propaganda eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro, então candidato.

“Questionado sobre quem o convidou para fazer propaganda eleitoral para sugerir ao povo uma suposta fraude no sistema eleitoral, [Delgatti] respondeu que foi o marqueteiro Duda e o ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz o relatório do colegiado.

Segundo o hacker, ele foi procurado pela deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) para se reunir com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e com o próprio Bolsonaro. O plano incluía gravar um vídeo com uma urna emprestada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e simular que seria possível apertar o número de um candidato e aparecer outro.

O marqueteiro chegou a ser alvo de dois requerimentos na CPI: um solicitava sua quebra de sigilo telemático e telefônico, e o outro, uma convocação para que prestasse depoimento. Os dois foram rejeitados pela comissão.

Após as menções ao seu nome no colegiado, Duda negou as acusações e disse que jamais participou de encontro com Zambelli, Delgati e Valdemar. “Encontrei com esse rapaz na escada do partido, não sabia quem ele era e nem quem estava com ele. Quando ele me disse quem ele era, desconversei, ‘pulei fora’”, afirmou na ocasião.

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